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sexta-feira, 1 de março de 2013

Como podemos rezar em família?


“Não sei rezar”.  “Custa-me muito abrir um espaço em meu dia para orar a Deus”.  “Em minha casa há muito barulho e não posso me concentrar na oração”.  “Sinto a necessidade de rezar, mas não tenho o hábito”.  Possivelmente essas sejam algumas das afirmações que estamos acostumados a dizer ou pensar quando queremos nos aproximar de Deus através da oração.  Não estamos longe da verdade: muitas vezes as tarefas próprias da vida familiar, as distrações ou a falta de hábito trabalham contra nossa vida cristã e desejo de uma vida de oração mais intensa.  A vida cristã “começa pela casa” e sabemos que nossa vida espiritual seria favorecida se o âmbito familiar fosse também um espaço de meditação, reflexão e oração.  Por isso temos que nos perguntar: Como fazer para que minha família viva em presença de Deus?  Como transformar meu lar em um lugar de encontro com o Senhor?  Quer dizer: Como rezar em família?
A urgência de rezar em família
Vivemos em uma sociedade que com freqüência nos empurra para dar as costas a Deus, que rechaça o conceito cristão de família e nos transmite diariamente uma avalanche de critérios anti-evangélicos.  Do mesmo modo, a força atrativa do entretenimento (videogames, festas, redes sociais, etc.) muitas vezes termina por nos distrair do essencial. Por outro lado, em muitos lares os meios de comunicação social (a televisão, a internet, o telefone, etc.) parecem ter um maior protagonismo que o diálogo pessoal e quente entre esposos, entre irmãos e entre pais e filhos.
Diante disso devemos ser conscientes da importância de sustentar uma relação de amizade autêntica com as pessoas que nos rodeiam e, ao mesmo tempo, que nossa primeira comunidade cristã deve ser a própria família.  A situação do mundo de hoje, de certo modo, torna ainda mais urgente a necessidade de se rezar em família.  Fazê-lo não só nos ajuda a nos manter firmes na fé e nos bons costumes, como também é um excelente meio para fortalecer os vínculos familiares e centrá-los no essencial: em Deus que é Amor e fundamento de todo amor humano.  Em diversas ocasiões os Papas nos ensinaram que a família cristã é uma “igreja doméstica” e que todo lar deve ser também um lugar de oração e de evangelização[1].
Alguns meios para orar em família
É importante pensar em alguns meios para que a família possa ser, de um modo efetivo, uma escola de oração.  Ter uma disciplina e uma ordem na rotina familiar pode ser de grande ajuda.  Além disso, seria muito bom que na casa se destinasse um lugar especial para a oração, com símbolos que remetam ao sagrado.  Pode ser uma imagem de Jesus ou da Virgem Maria, um crucifixo, uma pintura, uma Bíblia entronizada — que nos recorde a centralidade da Palavra de Deus em nossas vidas —, uma vela que se acenda nos momentos especiais, etc.  Os sinais visíveis nos ajudam a recordar que Deus está perto de nós e presente em nossas vidas.
Pode ser útil também promover momentos de silêncio no lar, onde todos se abstenham dos aparelhos eletrônicos, especialmente do televisor e do computador.  Igualmente é muito recomendável que no horário familiar haja “intervalos de oração” que sirvam como âncoras no meio da dinâmica das tarefas cotidianas.  Por exemplo, abençoar os alimentos e agradecer a Deus sempre antes das refeições, orar com as crianças antes de dormir, ir juntos à Missa aos Domingos, rezar em família algumas orações como o Rosário ou outra oração devota, meditar semanalmente na Palavra de Deus.  Tudo isso vai marcando o ritmo da vida familiar, selando nas crianças e nos jovens a marca da espiritualidade cristã e fortalecendo nos pais, tios e avós a fé que receberam.
São também importantes para a família os momentos de passeio familiar.  Cada membro da família pode elevar-se no louvor ao Criador quando se tem um contato direto com a natureza (um passeio à praia, à montanha ou ao zoológico).  Do mesmo modo, a família cresce na fé e na consciência de suas raízes cristãs quando faz alguma peregrinação, por exemplo, a um santuário católico.
O exemplo dos pais
Os esposos cristãos estão chamados a transmitir a fé aos membros de sua família.  A oração em família na qual estão presentes as crianças se enriquece imensamente em virtude da grande sensibilidade religiosa que têm os pequenos, especialmente nos primeiros anos da infância.  Ao ir descobrindo os secretos tesouros de espiritualidade escondidos nos corações das crianças, os pais também são convidados a ingressar nessa nova dinâmica de encontro com Jesus, a “fazer-se crianças” para entrar no Reino dos Céus (ver Mc 10,13-16).  Assumem o papel de guias espirituais de seus próprios filhos e são para eles seus primeiros catequistas.  Ensinam-lhes a rezar não só com as palavras, mas também, sobretudo com seu testemunho, pois as crianças “absorvem” tudo o que veem em seu pequeno mundo familiar.  Se os filhos veem seus pais rezar, então o hábito de oração surgirá neles com maior naturalidade.
É importante que os pais sejam muito reverentes com essa primeira etapa da infância, posto que o que se aprende nos primeiros anos fica marcado para toda a vida.  O ensino da fé e da oração no lar tem que respeitar os ritmos próprios da infância.
O Papa Bento XVI assinalava que «a família é Igreja doméstica e deve ser a primeira escola de oração.  Na família as crianças, desde a mais tenra idade, podem aprender a perceber o sentido de Deus (…) Se não se aprender a rezar na família, depois será difícil preencher esse vazio.  E, portanto, quero dirigir-lhes o convite para redescobrir a beleza de rezar juntos como família na escola da Sagrada Família de Nazaré.  E assim chegar a ser realmente um só coração e uma só alma, uma verdadeira família»[2].
A oração acompanha a vida familiar
Sempre há motivos para rezar em família.  A oração pode adequar-se e acompanhar os diferentes momentos da vida comum.  Para o casal recém casado possivelmente seja mais inato a oração de louvor a Deus pela vivencia do amor autêntico e também a oração de petição pelos bens futuros, concretamente pelo dom da vida dos filhos.  Para a época da gestação da mulher e do nascimento de um filho, a oração passa a estar nutrida de esperança e confiança em Deus, assim como de profunda gratidão por receber no lar uma nova pessoa, nascida da fecundidade do amor vivido na união matrimonial.
A experiência familiar de oração se enriquecerá nos momentos fortes de preparação das crianças para a recepção dos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia.  Nessas ocasiões a oração da família se enriquece com a experiência eclesial, ao unir-se com outras famílias e com a comunidade inteira.  Algo similar também ocorre quando os jovens se preparam para receber o sacramento da Confirmação.
A aproximação das famílias à vida eclesial e à oração não pode reduzir-se só aos Domingos ou aos “momentos fortes”.  Haverá sempre diversos motivos pelos quais a família experimentará a importância de rezar: agradecer por um aniversário ou bodas, rogar pela saúde diante da enfermidade de uma pessoa querida, pedir consolo diante da morte de alguém muito próximo, implorar perdão pelos enganos cometidos ou pela conversão de um familiar, pedir pelas necessidades econômicas, invocar o amparo antes de uma viagem, abandonar-se confidencialmente nas mãos de Deus em momentos de confusão, ou perante a postulação para a universidade, para uma graduação ou para um novo trabalho, pedir paciência diante de uma mudança de lugar ou situação… Tantas coisas podemos pôr diante de Deus no diálogo amável e filial da oração!  Em todos esses momentos, Cristo toca a porta dos corações e quer estar presente em meio de nossa família.
Citações para a oração
Desde o princípio, a família é lugar de oração e educação na fé: Gen 4,1-4; 18,19; Ex 13,6-10.
O Senhor encontrou dificuldades para pregar entre seus familiares: Lc 4,24-30.
Jesus peregrinava e orava com seus pais: Lc 2,40-42.
O protagonismo dos pais na família: Is 38,19; Ef 6,4; Col 3,16-20.
Os diferentes momentos e motivos para orar: Ecle 3,1ss; Lc 1,39 ss; Tg 5,16
Perguntas para o diálogo
  1. Sou consciente de que a vida cristã “começa em casa”, e que por isso devo ajudar para que minha família reze unida?
  2. Que obstáculos encontro para viver a oração em minha família?  Tenho “vergonha” de rezar entre meus familiares?
  3. Que meios posso pôr para gerar hábitos de oração em família?
  4. Ajudo para que as crianças e os jovens de minha família se eduquem na vida de oração?
Trabalho de interiorização
1. Leia e medite em Ecle 3,1-8.
Pergunte-se: Quais são os tempos de ação e os tempos de oração em minha família?  Como posso ajudar para que em minha família haja sempre os dois “tempos”?  Como podemos nutrir nossa ação com a força da oração?
2. Leia este parágrafo do Beato João Paulo II:
«A oração não representa de modo algum uma evasão que desvia do empenho quotidiano, mas constitui o impulso mais forte para que a família cristã assuma e cumpra em plenitude todas as suas responsabilidades de célula primeira e fundamental da sociedade humana.  (…) Da união vital com Cristo, alimentada pela Liturgia, pelo oferecimento de si e da oração, deriva também a fecundidade da família cristã no seu serviço específico de promoção humana, que de per si não pode não levar à transformação do mundo» (S.S. João Paulo II, Exortação Apostólica Familiaris consortio (sobre a Família), 22/11/1981, n. 62).
Você tem consciência de que a oração, longe de ser uma evasão, é o que dá forças e sustenta a sua família?  Enumere alguns dos benefícios que podem brotar de sua oração em família.
3. “A família que reza unida, permanece unida.” O que você pensa a respeito desta frase?
4. Leia e comente o que dizia o Beato João Paulo II, na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae e contempla a possibilidade de promover a reza do Rosário em sua família:
«Pode-se objetar que o Rosário parece uma oração pouco adaptada ao gosto das crianças e jovens de hoje. Mas a objeção parte talvez da forma muitas vezes pouco cuidada de o rezar. Ora, ressalvada a sua estrutura fundamental, nada impede que a recitação do Rosário para crianças e jovens, tanto em família como nos grupos, seja enriquecida com atrativos simbólicos e práticos, que favoreçam a sua compreensão e valorização. Por que não tentar? » (S.S. João Paulo II, Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, 16/10/2002, n. 42).

[1] Ver por exemplo: João Paulo II, Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, 41-42.  Neste documento, o Papa nos anima a rezar o Rosário em família, e dizia que “a família que reza unida, permanece unida”
[2] Bento XVI, Audiência geral 28/12/2011.  Ver também: João Paulo II, Homilía na Missa para as Famílias no Estadio de la Unidad Deportiva Panamericana de Cali, 04/07/1986, 4.
FONTE

sábado, 4 de agosto de 2012

Solidão Familiar

 Aproveitando que neste mês de agosto estamos festejando e celebrando a SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA, trago este texto que fala de algo totalmente diferente do tema e que ao mesmo tempo tem tudo a ver. Acho que muitas vezes sentimos esta solidão, e segundo Natalia Maccari, nunca nos sentimos completos, temos sempre um vazio a ser preenchido e isso é a nostalgia do criador (aqui talvez se explica a fonte de toda religião).
Mas, a solidão quando estamos no meio de outras pessoas é muito triste. E foge totalmente daquilo que Deus quis para nós como família. Vamos refletir

Quando falo neste assunto gosto de iniciar com uma reflexão de nosso dia a dia dentro de casa, pensando: _Quantas vezes durante um único dia consigo realizar as refeições com meus filhos?
_Quando realizo as refeições consigo trocar idéias com eles ou as idéias acabam virando discussões?
Esta é uma reflexão que vem tomando conta de meus pensamentos há muito tempo; ouço muitos pais alegarem, que não importa a quantidade de tempo que tem para seus filhos e sim a qualidade. Que qualidade é essa que podemos ter com tantas preocupações, pressões do dia a dia, conflitos gerados pelo stress? Estamos vivendo um momento muito complicado em nossas vidas, onde percebo que a questão tempo nem é tão importante assim para dedicar aos nossos filhos, mas sim a forma que estamos administrando este tempo.
Como somos pacientes para a dedicação deste tempo com tantas coisas a resolver? Esta preocupação me intriga muito, justamente porque o stress do dia a dia está nos tirando a oportunidade de vivenciar experiências junto aos nossos filhos, impossibilitando de ajuda-los a adquirir valores básicos através de exemplos de vida, do próprio dia a dia.
Sabemos que os valores são construídos através de exemplos de atitudes, então reflito:
Que exemplos damos aos nossos jovens filhos?
Será que eles têm a noção de família que tivemos?
Que futuro, construiremos para eles, se sempre estamos ocupados e sem paciência para ouvi-los ou prestar atenção de como estão, com quem andam ou o que pensam?
O que posso percebo trabalhando há duas décadas com os jovens, é que os valores estão totalmente distorcidos, nossos jovens hoje não tem crença, religião, são muito imediatistas; estão acostumados a receber tudo pronto e na hora; claro que eles são assim, porque assim aprenderam; e de certa forma foram reforçados por nós mesmos a desenvolver este comportamento.
Nossa ânsia de proteção para os jovens vem sendo tão intensificada nestes últimos anos, que contribuímos diretamente para o desenvolvimento de uma estrutura emocional fragmentada, fragilizada onde conflitos são vivenciados por eles de forma radical, impulsiva e instintiva e sentimentos de frustração, fracasso, acaba ganhando espaço nessa estrutura emocional. Diante disso nos deparamos com jovens sem poder de criação, sem espírito crítico, desestimulado e sem vontades.
Estamos fazendo para eles, justamente o que esperam de nós, adultos coniventes e facilitadores de atitudes e pensamentos. Pra que um jovem precisa pensar, criar, construir se tudo lhe vem pronto?
Precisamos rever nossa postura enquanto pais, educadores e formadores de opiniões, deixar que nossos jovens vivenciem, experimentem a vida com tudo que ela oferece, claro que sempre orientando, apoiando-os, mostrando o que é certo ou errado, mas não devemos impedir que os mesmos vivenciem suas experiências e que possam através delas, ter pontos de referência positivos e negativos, sentir fracassos e frustrações, vivenciar angustias e medos, inseguranças, prazeres e desprazeres, afim de que possam aprender articular conflitos de forma positiva e consistente, traçando metas e objetivos, criando uma base dentro de si a ponto de ser capaz de enfrentar situações contraditórias ou conflituosas de maneira equilibrada, dando-lhe condições para enfrentamento e resolução de forma equilibrada e com discernimento.
Para isso, é necessário curarmos a doença da solidão familiar, solidão não sinônimo de ficar sozinho, pois podemos ficar juntos estando só. A cura da solidão familiar está no “estar presente” de maneira integral e não temporal, é promover situações onde o diálogo aparece como protagonizador do equilíbrio familiar; a cura está no prazer de “estar junto”; de trocar informações, sentimentos, emoções, sejam eles positivos ou negativos, é isso que nos faz sentir-se importante e crescer com uma estrutura emocional segura, forte e sem medo de enfrentar situações surpresas ou inesperadas nos tornando adultos preparados para viver e encarar a vida de forma preciosa e feliz.
 Alessandro Vianna é psicólogo clínico e sente um enorme prazer em estudar e entender o comportamento humano. Clique neste link para conhecer melhor o seu trabalho.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Oração em Família


Ninguém vive sem respirar, comer ou dormir, etc. As ciências humanas e a história das religiões constatam que a busca pela eternidade é um dos impulsos mais presentes da natureza humana em todos os povos e civilizações.
Se esta é uma verdade da natureza humana temos que admitir que a oração se apresenta como uma exigência desta natureza. Como seres humanos vivemos no tempo, mas nossa vocação maior é a eternidade.
A busca pelo espiritual é uma necessidade em nossa vida. Assim como não vivemos sem comer, dormir ou respirar, não seremos em absoluto sadios em nossa condição humana sem o cultivo de um dos impulsos mais básicos de nossa natureza, a aspiração para a comunhão com Deus. Nisto a oração não tem substituto. E veja, não se trata do saber como rezar. Se reza ou não se reza. Não há o que discutir.
A ruptura de nossa amizade com Deus gera uma tensão em nossa vida. Excluir a oração, na verdade, é um desamor que poderemos cometer contra nossa natureza humana. Podemos mesmo afirmar que quem não reza é um ser debilitado em sua natureza humano-espiritual.
Berdiaeff, um dos grandes antropólogos atuais escreve: "Ao estudar o ser humano através dos tempos encontrei sistemas ateus, jamais civilizações atéias". Alguém pode dizer sou ateu ou não tenho fé. O que não pode negar é a presença do espiritual no coração do homem e das civilizações humanas.
Como questionar então a necessidade da oração à nível pessoal, de família, de comunidade e de Igreja? É impensável e mesmo incompreensível. Todos os homens e mulheres de Deus do AT e NT, da Igreja, os santos e santas de todos os tempos encontraram na oração a sua razão de ser, de existir em Deus e no serviço de amor aos irmãos.
Ora, sendo a família a célula básica da sociedade humana, se não houver oração, a mesma se encontrará fragilizada em sua estrutura humana e espiritual. O que aconteceu com a família de Adão e Eva ao romperem a amizade com Deus, o mesmo acontecerá com toda a família onde pais e filhos não rezam juntos. Com a exclusão de Deus, o paraíso da boa convivência na relação pais e filhos se fragiliza e termina na tragédia da família de Adão e Eva, como de tantas de nossas famílias.
Queridos pais, se seus filhos não virem vocês rezarem terão sérias dificuldades para aprenderem a rezar. Você pais são e devem ser por natureza os primeiros evangelizadores dos filhos. A família é o berço natural da evangelização, da vida, dos valores. O fracasso da vida de oração dos pais, normalmente se transforma em pobreza de oração na vida dos filhos, da família, da sociedade, da Igreja e da própria humanidade.
Queridos pais, é bom e louvável ver o zelo e doação de vocês para dar o necessário e digno para que seus filhos triunfem e se realizem profissionalmente na vida, mas por amor a Deus, não descuidem e nem deixem seus filhos na orfandade do maior bem a ser oferecido a eles, isto é, a riqueza dos valores da vida, da oração e da comunhão com Deus.
 Padre Evaristo Debiasi

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

NOSSA SENHORA DE LOURDES PADROEIRA DOS ENFERMOS

Neste dia 11 de fevereiro a Igreja Católica celebra o dia de Nossa Senhora de Lourdes, que apareceu para uma jovem e humilde camponesa na França, chamada Bernardete Soubirous e pediu-lhe que bebesse água da fonte, mas no local não havia senão um pouco de água barrenta. Foi então que a menina escavou com as mãos e brotou a água, origem da fonte onde vários milagres de cura, desafiando a ciência, acontecem até hoje.
Ela é apontada por diversas curas e neste dia também é celebrado o dia internacional dos enfermos. E na nossa vida não existe algo tão difícil e complicado para lidar como o sofrimento, mormente quando temos que lidar com doenças, tantos físicas quanto espirituais.
E neste ano em que a Igreja com a Campanha da Fraternidade está nos lembrando toda a problemática da saúde, este dia torna-se mais emblemático, e que nos traz reflexões sérias.
Aqui especificamente fico pensando o quanto o sofrimento, as doenças podem afetar a vida familiar, pois nestes momentos costumamos nos perguntar o porquê do sofrimento e porque Deus perrmite que seus filhos passem por estes problemas.
Mas acredito que é neste momento que Deus está lembrando-se de cada um de nós, e como diz aquela mensagem tão conhecida, ele nos carrega no colo e nos acalenta, dando-nos a esperança para vencer estes obstáculos.
O Papa Bento XVI nos escreveu que “a verdadeira enfermidade é a ausência de Deus”.
E na nossa experiência, até aquelas pessoas que dizem que não acreditam em Deus, nestes momentos de perigo, de enfermidade, depressão, doenças, logo levantam a mão para o céu e clama por Ele, pois sabem que só com fé, muita fé pode vencer todos estes problemas.
Aproveito para indicar uma leitura para ajudar nossas famílias a viver e vencer estes momentos de doenças

SILÊNCIO PARA OUVIR = A Família e o Enfermo

Evaldo A. D'Assumpção - Cirurgião Pláico e Tanatólogo
(Publicado no Caderno PENSAR - Jornal "Estado de Minas" de 13/01/2001)
               

Quando alguém adoece gravemente, a sua família se torna a parte mais fragilizada em todo o processo. A razão disso é que, além dos problemas emocionais e financeiros que ocorrerão, cada um se sentirá entre três fogos: a vontade de ajudar, geralmente sem saber como; o questionamento interior que se estabelece, independentemente da vontade individual: “e se fosse eu, o enfermo?”; e um sentimento de culpa: “o que foi que eu fiz para isso estar acontecendo?” ou  “o que deixei de fazer para que tal acontecesse?”
Não acreditamos em fórmulas mágicas para resolver tais problemas. Contudo, algumas informações podem ser de muita utilidade.
Inicialmente é fundamental que todos se descubram extremamente importantes para uma possível recuperação do enfermo. Mas saibam também que necessitam de ajuda para suportar aquele evento e saber exatamente como agir.
Diante de uma doença grave e até possivelmente incurável, não  existem sentimentos adequados ou inadequados. São, tão somente, sentimentos. Não existem registros reguladores de suas qualidades ou intensidade. Contudo, é fundamental que se procure descobrir meios para  expressar tais sentimentos sem se ferir, ou ferir os outros. Física ou emocionalmente. E cabe a cada um buscar entender que as expressões do outro - enfermo ou familiar - não significam uma agressão a quem quer que seja, mas a pura expressão que cada um consegue ter, de seus próprios sentimentos: medo, angústia, insegurança. Afinal, em situações de graves crises, quase sempre repetimos o modo de expressar nossas emoções no dia-a-dia. Nosso trabalho deverá ser, o mais cuidadoso possível, de não conservar mágoas ou rancores por atos ou palavras do outro. Afinal também nós poderemos, sem perceber,  estar ferindo-o com nossas reações. Tentar assimilar essas situações, mesmo com insatisfação momentânea, mas sem arquivar ressentimentos, é o caminho ideal.
Recalcar emoções e sentimentos, engolindo os sapos que eles representam, não é sinal de coragem ou boa educação. Trata-se apenas de um controle artificial e extremamente danoso à saúde pessoal e à saúde de nossos relacionamentos. Todo sapo engolido representará uma cobrança futura que deteriorará mais ainda a situação. E, para a própria pessoa, será uma emoção sem expressão que sempre acabará por gerar depressão e sofrimento.
O curioso é que, se reprimimos um sentimento que julgamos inadequado, ele será transferido do consciente superficial para o profundo e ali se tornará mais forte e incontrolável.  Quando aceitamos um sentimento - que nos vem sem pedir licença - e procuramos expressá-lo da forma mais adequada possível, logo nos livramos dele.
Por querer ajudar, quase sempre sufocamos a expressão dos sentimentos alheios, dizendo: “Não chore!”, “Seja forte!” ou “Fique calmo!” E nada é pior para um relacionamento do que se sentir tolhido no direito de sermos nós mesmos.
Por isso, ao assistirmos alguém, devemos perguntar o que ela deseja de nós, sem querer impor aquilo que achamos que é bom para ela. Afinal, o que achamos ser o melhor pode ser, para o outro, o pior que lhe possa acontecer!
Para evitar erros é prudente, além de perguntar o que a outra pessoa quer, repetir o que entendemos ter sido dito por ela. E confirmar se é exatamente isso o que ela quer.  Mas nunca se deixar surpreender por respostas às vezes agressivas. Se a outra pessoa está num  momento de profunda raiva contra o problema que está vivendo, pode se tornar agressiva. A questão é que a agressividade não é contra quem a quer ajudar, mas contra a própria situação.  Contudo, como é difícil compreender isso! Quase sempre levamos para o lado pessoal e haja mágoas e rancores para serem arquivados, e extravasados tempos depois!...
Se formos solicitados a fazer algo inadequado ou impossível, podemos dizer: “Eu quero ajudar mas isso não é possível. Não haverá outra coisa que eu possa fazer por você?”  Essa resposta conserva a comunicação em aberto e dá ao outro uma oportunidade para reavaliar a sua solicitação.
Outro ponto fundamental é não tentar mudar os sentimentos da pessoa, nem tentar corrigi-la na sua forma de expressá-los. Isso a fará sentir pior ainda, achando-se culpada por estar tendo atitudes inadequadas. O mais correto será ouví-la sem se sentir na obrigação de “salvá-la”. Um familiar, por mais preparado que seja, jamais será um bom “terapeuta” para um seu parente pois sempre irá transmitir uma postura de “não aceitação” que será extremamente danosa para o relacionamento entre ambos.
Outros erros a serem detectados: descobrir se andamos falando mais do que escutando e, especialmente, concluindo as frases do outro antes que ele as termine, pela impaciência de ouvi-las até o final. Ou ainda, ficar fingindo que se escuta, apenas esperando a oportunidade para contestar tudo aquilo que foi dito pelo outro. Em outras palavras, dando a ele a corda, para com ela mesma o enforcar.
Talvez essa seja uma ótima oportunidade para se exercitar a difícil arte do silêncio. Ficar em respeitoso silêncio diante do outro, pronto a escutá-lo quando ele quiser falar, pode ser a melhor ajuda a ser dada. Especialmente se, ao silêncio, associarmos um toque gentil, um dar as mãos, um abraçar afetuoso.
Muitas vezes, numa família tem-se a idéia de que todos, por uma questão de amor e lealdade, devem ter as mesmas posições e as mesmas reações diante de uma determinada situação. E quando isso não acontece, é comum alguém se ressentir e fazer julgamentos, imaginando  um possível afastamento, ou uma perda de amor entre eles. A mulher imagina que o marido já não lhe ama - ou vice-versa - e os pais já não se sentem queridos pelos filhos - e vice-versa. Esse será o momento mais apropriado para se entender que cada um tem reações diferentes a um mesmo estimulo e que todas as diferenças devem ser aceitas e respeitadas. Sob pena de tais desamores acontecerem.  Esse é o desafio: tentar aceitar as diferenças!
Finalmente é preciso que se auto avalie para descobrir se não está exercendo o papel de “salvador” numa determinada situação. O sentimento de culpa, freqüentemente nos transforma em desastrosos “salvadores”. Que quase sempre  tentam transformar o outro num bebê, e num bebê incapaz, querendo fazer tudo o que ele necessita, mesmo aquela pessoa estando totalmente capaz para fazer todas as coisas por si só. Tal comportamento é altamente prejudicial pois pode levar o enfermo a descobrir, naquela doença, uma série de vantagens, inclusive a da super-atenção que passa a receber, a qual não tinha nos tempos de saúde. Então, por que reagir à doença e procurar a cura? Para perder aquelas “vantagens”?
Quase sempre o “salvador” é um “destruidor” de pessoas! Ele pode parecer carinhoso, competente, afetuoso. Mas na realidade ele está incapacitando o outro, física e psicologicamente.
O importante é procurar sempre incentivar e recompensar a saúde e nunca a doença. Esse é o papel fundamental da família. Na doença e especialmente na saúde. Pois, afinal, se refletirmos um pouco descobriremos que tudo o que foi dito acima se aplica também ao relacionamento diário entre as pessoas, mesmo as que se sentem sadias. Será através da correção de nossa forma de interagir que conseguiremos conservar a saúde. Física, psicológica e social.
Quase sempre, em nosso relacionamento interpessoal, mais especificamente com as pessoas mais próximas de nós, tendemos a nos comportar como “salvadores”.  Ditamos normas, dizemos o que devem vestir, o que devem comer, o que devem fazer. Para muitos isso é uma forma de manifestação do amor e da atenção que temos para com o outro. E por isso mesmo nos ressentimos quando, recusando nossas colocações, agem de maneira diversa. Não nos ocorre, e esse é o problema, que a outra pessoa está fazendo o que melhor lhe apraz, mesmo que não seja aquilo que julgamos ser o melhor para ela.
Não se pode negar que esse comportamento possa ser movido por um sentimento afetivo. Contudo ele é mais satisfatório para quem o faz do que para quem o recebe. Afinal, dizer como devem ser as coisas deixa, no interior de qualquer pessoa, uma sensação de saber e de poder.  Essa sensação torna-se tão gratificante ao nosso ego que nos impede de enxergar a realidade: ao invés de estarmos ajudando ao outro, estamos apenas nos satisfazendo a nós mesmos.
Quando o outro tem uma personalidade forte, irá recusar as determinações - que são chamadas por quem dá, de “sugestões amorosas” - causando profundo desgosto no “salvador”. Esses desgostos, acumulados ao longo do tempo,  podem minar gravemente um relacionamento e até causar doenças naquela pessoa cujas determinações não são seguidas sistematicamente. A qual irá se sentir desvalorizada e mal-amada porque o outro não faz tudo e exatamente como ela acha ser bom.
Caso o outro não tenha essa personalidade forte, acabará por seguir sempre aquelas determinações, porém com uma crescente insatisfação dentro de si. E, da  mesma forma, chegará um momento em que o relacionamento poderá ser afetado ou aquela pessoa irá se tornar deprimida, deprimindo também o seu sistema imunitário e se fragilizando a ponto de ser dominada por doença grave e até mortal.
Por tudo isso, é fundamental que cada pessoa faça uma revisão de seu comportamento interpessoal, buscando sanar os vícios dessa relação, para o seu próprio bem, para o bem de seus parceiros, para o bem de seus relacionamentos.
 Retirado

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Razões para rir mais

Minha filha Giovana
No dia Internacional do riso, comemorado em 18 de janeiro, vale a pena a gente investir neste velho e milagroso remédio. Um sorriso tem a capacidade de curar a nossa alma, mudar o nosso dia e transformar a nossa vida. Confira 6 razões para você rir muito!
1 – Quando a gente ri, emana felicidade para o universo e, consequentemente, atrai ótimas energias.
2 – Através de um sorriso, conseguimos aliviar a tensão e espantar qualquer sinal de negatividade.
3 – Uma boa risada faz com que nos sintamos grandes, capazes, mais autoconfiantes e com capacidade de irmos mais além.
4 – Se for em grupo, a risada pode significar união, alegria, diversão, enfim, todos os sentimentos bons que nutrem a nossa alma e alimentam o nosso corpo.
5 – Uma bela gargalhada pode liberar a angústia, extinguir o medo e transformar o nosso dia.
6 – Quando sorrimos para alguém, podemos estar mudando a vida desta pessoa ou, pelo menos, parte dela. Quem planta o bem, colhe o bem.

Uma das coisas que eu mais cultivo em minha vida é o bom humor. Sempre digo que mesmo que a tristeza esteja nos corroendo por dentro, temos que tentar dribla-la, colocando um sorriso em nosso rosto. Posso até parecer uma pessoa emburrada, de cara fechada, mas tenho e procuro fazer dos meus momentos algo onde o riso e alegria estejam sempre presentes. Gosto de cantarolar, e fazer piada em todos os momentos (dizem que faço humor negro). No entanto, tenho a certeza que a alegria, o riso e o bom humor são ingredientes essenciais na educação dos nossos filhos e na convivência do nosso dia a dia. 
E principalmente quando ouvimos falar tanto de pessoas com depressão, tristeza profunda é que tenho a certeza que vivo no caminho certo. Quero sempre estar alegre, sorrindo e brincando com todos.

Eu e minha filha Alice
                                Bom humor em família    

Há um ditado que afirma: “os filhos são a alegria do lar”. Contudo, os que têm filhos pequenos – e nem tão pequenos – experimentam a tensão contínua que supõe o esforço por educar bem os filhos.
Pode ser que estejamos tão focados em ajudá-los a portar-se corretamente, a adquirir bons hábitos que nos esqueçamos ser também necessário brincar e rir...
De fato, nossos filhos precisam de autoridade e disciplina, mas a infância também precisa de tempo para rir.
Quase é possível dizer que é a época do sorriso: fácil, espontâneo, contínuo, por bobagens... feliz. Encontram-se na fase sensitiva para fazer do bom humor uma forma de ser, uma postura perante a vida. Fomentá-lo os ajudaria a contar com recursos para superar problemas e desgostos.
Nossos filhos serão capazes de enfrentar as dificuldades da vida, mas também serão capazes de recordar a infância como uma época feliz, como anos de sorrisos contínuos (ao lado da nossa exigência, que é igualmente necessária). Para que isso ocorra, é preciso aprender a rir em família.
Lares com poucos sorrisos
Os filhos precisam de um ambiente no qual, habitualmente, está presente o bom humor. Quando isso não acontece, o lar mergulha pouco a pouco em um torpor parecido à tristeza, que nunca é produtiva nem diminui em nada os problemas.
Provavelmente, já não há mais famílias severas como as que figuram nas novelas de Charles Dickens, na qual as risadas estavam proibidas e consideradas quase como algo desonesto.
Entretanto, podemos nos identificar mais com aqueles pais que chegam cansados do trabalho e que só tem vontade de ver televisão, ler jornal ou limpar o cachimbo. Ou com aqueles pais, talvez já com mais de quarenta, que pensam não ser mais da sua idade brincar e rir com os filhos. Ou com aqueles pais, bons, tranqüilos, nada agressivos... mas habitualmente sérios que nem sabem sorrir. 
Divertir-se
Para ganhar o afeto dos filhos é necessário que nós deixemos os problemas de lado. Assim como nos propomos a beijar a esposa ao chegarmos, também nos decidimos a sorrir. Estar de bom humor não custa tanto e, além disso, é muito mais gratificante. É preciso se esforçar por sorrir, ainda que por vezes seja difícil. Desta forma, se enraizará no caráter um sólido sentido do bom humor.
Os filhos amam os que têm tempo não só para ensiná-los, mas para se divertir com eles. Para isso, podemos procurar as mil e uma ocasiões da vida cotidiana para transformá-las em risadas, ou seja, para rirmos com nossos filhos.
Como rir
Quando nossos filhos eram menores, inclusive bebês, nós os ensinamos a rir fazendo carinhos, cócegas, massagens, etc. Pois nós somos os mesmos e eles também e, talvez agora, com oito ou dez anos, continue sendo engraçado um gracejo característico (cada um tem o seu). É o momento para continuar a rir em família, com mais freqüência e com as mais simples “bobagens”: ante as perguntas impertinentes ou ingênuas das crianças, ante o resultado desastroso de uma torta preparada por eles... Observar os pais rindo habitualmente – e sérios e preocupados quando for o caso, ainda que sem perder a serenidade – irá ajudá-los a adquirir as bases de uma personalidade segura.
Humoristas profissionais
Os filhos são excelentes humoristas e têm sempre muita vontade de rir. Podemos nos aproveitar desta característica com freqüência. Uma situação tensa pode ser solucionada com um gesto do pai simulando a atitude impetuosa do filho ou com uma frase espirituosa da mãe.
Muitas vezes, um pouco de humor será útil para salvaguardar o tesouro da autoridade ao não ter de exercê-la. O humor serve para relaxar um ambiente tenso e lubrifica as engrenagens da autoridade.
Não pensemos que devamos ser muito criativos ou que passemos o dia todo contando piadas. Mas sim procurar, de vez em quando, frases amáveis e divertidas, comparações precisas e oportunas e até mesmo imitar as atitudes deles pode servir para que verifiquem a desfaçatez e mesmo o ridículo de muitos de seus comportamentos. O que não podemos é ter complexo ante a realidade da nossa carência de dotes interpretativos e perspicácia mental para contar piadas ou fazer gestos e dizer frases. Atuamos frente a um público já predisposto a nosso favor.
Confiança
O ambiente alegre é propício à confiança e à confidência. Talvez desta forma possamos entrar em detalhes que, de outra forma, nos seriam inacessíveis. Além disso, o humor permite sempre uma saída elegante em nossas repreensões e castigos: o humor é um sinal visível de carinho, que se traduz no desejo de fazer chegar suavemente uma mensagem. A alegria e o otimismo do nosso lar devem estar centrados no amor.
Resumindo...
Sempre há “momentos tolos” ao longo do dia (viagens, fila no supermercado) nos quais é possível aproveitá-los para fazer rir aos filhos, recordando alguma história divertida, contando alguma piada, dizendo alguma frase espirituosa...
É possível surpreender os filhos com “loucuras”: atuar como Romeu e Julieta com a esposa ou marido, imitar com a voz certos personagens, ou aprontar alguma durante o jantar.

Não é preciso dinheiro para se divertir: pode-se pedir emprestada uma barraca ou ir acampar em algum lugar; ou brincar com bexigas d’água no verão. O humor e o otimismo são fatores muito importantes para avivar a inteligência.
É bom propor aos filhos que eles organizem uma saída familiar ou uma tarde especial... mas é bom estar disposto a agüentar tudo com sorrisos e bom humor.
Pode acontecer que as piadas contadas pelas crianças não tenham graça. Ao menos, é possível tentar escutá-los e rir para que pouco a pouco vão aprendendo a se soltar. É um bom modo para que se acostumem a falar em público.
É preciso ensinar os filhos a desfrutar de coisas simples e cotidianas da vida. Fazer de um passeio dominical uma aventura, aproveitar a conversa ou um jantar...
Também é preciso deixar claro que a vida não é somente rir a toda hora; há situações (visitas, momentos de descanso) nas quais é preciso saber se comportar, o mesmo em conversas sérias, como, por exemplo, sobre os estudos.
Fazer, de vez em quando, uma “super noite familiar”: juntar todos na sala de estar e contar histórias, piadas, comendo pipoca... É muito divertido. Os mais destemidos podem, inclusive, acabar dormindo ali, em colchões ou sacos de dormir.

Texto retirado do http://www.portaldafamilia.org

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A MINHA CAÇULA

Ola pessoal, estou de volta depois de alguns dias de férias. E nestes dias muitas coisas aconteceram, porém uma das mais importantes e que me deixou muito contente foi o aniversário de 07 anos da minha filha mais nova, Giovana.
Digo sempre que o fato dela ter nascido no dia 29 de dezembro foi mais uma prova que Deus quis me dar mais este presente e que eu cuido com muito carinho, muito amor e ela com toda a sua ternura retribui com seus abraços e chamegos. Tenho certeza que nossa vida só se completa quando temos a oportunidade de cuidar de uma criança, vendo o seu crescimento, participando de sua educação, mesmo com todos os medos que isto nos traz.
E como não tive a oportunidade de fazer uma homenagem a ela no dia no seu aniversário aqui no blog, aproveito este momento para lhe desejar que seja sempre esta menina tão linda para nos trazer muitas alegrias e motivos de felicidade.
Giovana, nós te amamos. Eu, sua mãe e sua irmã. Beijos e muitas felicidades.
Grande idéia de Deus
Inventar tanta ternura e carinho
O amor que nós sentimos
Vai nos deixar sempre juntinhos
Amamos você para sempre
Nada poderá nos afastar
Agora felicidades queremos lhe desejar.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

CUIDE BEM DO SEU AMOR


Tens momentos na vida que os sentimentos nos pegam de surpresa. Hoje acordei me sentindo bem triste, parece que sentindo uma saudade muito grande. E estes momentos são difíceis para qualquer pessoa. Ás vezes até falo que sou uma pessoa cheia de momentos de tristeza, de ansiedade, de angústia. Algumas pessoas me perguntam qual o motivo, e não consigo responder. Li em um livro de Natália Maccari, que nós temos este sentimento de incompletude, parecendo que sempre nos falta algo, e isso nos deixa inquieto. Fica um vazio que só pode ser preenchido quando percebemos que é a nostalgia que nos vem do criador. Temos nossa família, nossos amigos, podemos ter dinheiro, facilidade para várias coisas, cultura, inteligência, mas só nos completamos quando percebemos que Deus é que é nossa total realização.
E temos que driblar nossos sentimentos, como se tivéssemos que estar sempre em alerta. Até quando estamos nessa troca bonita que existe nos nossos relacionamentos, precisamos ter cuidados. E nosso cuidado maior tem que ser com aquelas pessoas que nos amamos. É difícil amar, saber a medida certa, não faltar e nem exagerar.
Tem coisa mais complicada que o relacionamento a dois. Saber viver a rotina é um trabalho que exige persistência e muita argúcia, pois a monotonia está sempre à espreita. E neste cotidiano muitas vezes não percebemos que estamos vivendo o tempo de Deus. Vivemos deixando tudo para depois. E se não tivermos chance de viver este depois...
Por isso é que o momento de cuidar dos nossos amores é este agora. Vamos ter cuidado com nossas palavras, nossos atos. Vamos aprender a escutar, a pensar antes de falar. Mas temos que saber falar na hora certa. Tem coisa melhor que o elogio.
São pequenas coisas que não temos o cuidado no nosso dia a dia. Conheço casos de pessoas que não tiveram tempo de dizer a pessoa amada que a amava, e nem sequer trocaram um abraço. Falta de aconchego, de carinho podem nos tornar duros e insensíveis.
E quando estamos nos relacionados com os filhos. Quase sempre somos tão impacientes. Vejo pais que batem nos seus filhos numa total falta de preparo para escutar, para o diálogo. Ah! Com as crianças precisamos ser mais tolerantes, mais pacientas, pois somos nós os responsáveis pela sua educação, pelo seu equilíbrio emocional. Acho um absurdo gritar ou bater nestes seres inocentes. Já aconteceu comigo de dar uma palmada em minha filha, e garanto que doeu mais em mim.
O momento de amar é agora. Sei que tem ocasiões que é difícil amar aqueles que estão tão próximos, imagine cumprir o mandamento que Jesus nos deixou. 


Cuide Bem Do Seu Amor

Os Paralamas do Sucesso

A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega
No momento em que eu queria ver
O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
No instante em que desmoronou
Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz
Cuide bem do seu amor
Seja quem for,
Cuide bem do seu amor
Seja quem for...
E cada segundo, cada momento, cada instante
É quase eterno, passa devagar
Se o seu mundo for o mundo inteiro
Sua vida, seu amor, seu lar
Cuide tudo que for verdadeiro
Deixe tudo que não for passar
Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz
Cuide bem do seu amor
Seja quem for,
Cuide bem do seu amor
Seja quem for...
Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz
Cuide bem do seu amor
Seja quem for,
Cuide bem do seu amor
Seja quem for...


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CASA ARRUMADA

Recebi este texto dizendo que era da autoria de Carlos Drummond de Andrade ou de  Lena Gino, achei interessante e foi pesquisar. Não cheguei a nenhuma conclusão sobre a autoria, mas percebi que nestas nossas viagens pela internet temos que ter muito cuidado para não passar informações erradas. Por isso, vamos sempre checar aquilo que estamos postando.
Voltando ao texto. Assim que li achei que era uma mensagem específica para mim, pois estou sempre cobrando esta arrumação e sei que onde tem crianças é muito difícil deixar tudo nos seus lugares. Ah! eu cobro mas faço a minha parte, pois estou sempre colaborando, seja lavando as louças que encontro na pia, estendendo uma cama, varrendo uma casa, lavando roupas. Só não gosto muito de ajudar na cozinha, principalmente na parte de preparação das refeições, mas sei fazer algumas coisas, principalmente sobremessas e bolos. 
Segue a mensagem, e vamos refletir. Conheco muitos casais que estão em atrito por causa destas questões, alguns maridos deixam as mulheres atormentadas, mas nem sempre dão sua colaboração. Dividir tarefas é importante e coM certeza cria um elo entre os esposos. As crianças também precisam aprender fazer sua parte. Aí é que temos que ser persistentes e comecar a ensiná-las desde pequenas (aqui a tarefa tem sido difícl), mas não perco a paciência e como sou adepto do diálogo, todos os dias converso com elas. E tenho a certeza que vamos conseguir descobrir um denominador comum, afinal, família é comunidade e todos tem que fazer a sua parte.
Casa arrumada  é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos... Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela... E reconhecer nela o seu lugar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O CASAL CRISTÃO CATÓLICO


Namoro:
É tempo de escolher o companheiro(a) com quem poderemos caminhar juntos pelo restos de nossas vidas, é tempo de crescimento vivido através de um diálogo rico, pelo qual cada um vai ao encontro do outro, trocando as suas experiências e as suas riquezas interiores, e assim, começa a idéia da construção de um projeto feito a quatro mãos.
O namoro é acima de tudo um encontro de pessoas, capazes de pensar, refletir, esperar, sonhar, conhecer, sorrir e fazer sacrifícios.
Namorar é dialogar um com o outro e os dois com Deus!

Noivado:
Na época do noivado o casal já se conhece o suficiente para dizer: É com você que quero construir minha família.
O projeto que foi idealizado no namoro, começa a ser colocado no papel e o casal sente-se pronto para dar seu passo definitivo em sua vocação.
Aqui Jesus Cristo já deve ter se tornado seu maior amigo. Eles devem saber que precisam construir a casa sobre a rocha e já terem ouvido Jesus dizendo: “Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos investiram contra aquela casa; ela porém, não caiu, porque estava edificada na rocha.”(Mt 7,25).

Casamento:  Recém casados:
O casamento é um namoro e noivado que deram certo.
Aqui a construção se torna verdadeiramente um fato.
Viver unido pelo sacramento do matrimônio é uma graça, que exige despojamento, renúncia, doação… e isso nem sempre é fácil. Quando se casa, casa-se com tudo o que a pessoa é: qualidades, dons, imperfeições e limitações.
O casal cristão é chamado a olhar para o céu, com os pés no chão – sem deixar de olhar um nos olhos do outro vendo ali a imagem de Jesus.

Casal com filhos:
É preciso saber que o amor entre o casal não é poesia, nem histórias contadas para dormir.
Acordados, os dois devem saber que juntos deverão construir sua nova história, até que a morte os separe.
O casamento cristão católico nos chama a viver uma vida de doação ao outro e à família. Somos eternamente responsáveis uns pelos outros.
Na família Deus mostra uma de suas faces mais bonitas, a face da comunhão.

Casal mais velho:
Na família aprendemos a beleza da entrega no Amor.
Esta entrega total nos é revelada por Jesus que se dá nas espécies do pão e do vinho.
Que nossas famílias possam estar unidas a Jesus, e assim serem sinais de seu Amor em toda a Humanidade.
Pastoral familiar Paróquia São Jorge

Retirado de: http://www.marianos.org.br