quarta-feira, 6 de julho de 2011

O rosto do meu Jesus



Tempo: 90’
Material: para cada participante: texto impresso (modelo anexo), ¼ de folha de papel sulfite, canetas/lápis. Para o grupo: duas folhas de cartolina, canetas hidrocor e cola. Diversas e variadas figuras da pessoa de Jesus. Aparelho de som, música instrumental suave, volume baixo.
 Objetivo: Despertar a percepção do que “sentimos” ao contemplar uma imagem ou figura impressa de Jesus:
- Levando-os, pelo recurso do texto de apoio, à reflexão de que “o rosto de Jesus” também se apresenta, se revela, através das pessoas e de nós mesmos.
- Possibilitando a reflexão e a troca do sentido missionário que a pessoa de Jesus propõe a cada um.
- Dialogando sobre o respeito à maneira de cada um vivenciar e expressar a sua fé.
- Propondo e facilitando a integração entre o “que sentimos” contemplando a figura/imagem de Jesus e o “que realizamos” na vida do Jesus irmão, que caminha conosco no dia-a-dia.
Estratégia:
 1º momento: 20’
Espalhar previamente as figuras da pessoa de Jesus sobre uma mesa.
Fazer a acolhida habitual dos participantes. Em seguida convidá-los a uma atividade em grupo:
- Apontando para as figuras previamente espalhadas sobre a mesa, orientar: “temos diversas figuras da pessoa de Jesus sobre a mesa, vamos primeiro caminhar ao redor da mesa, olhar essas figuras, perceber qual delas nos atrai, nos sensibiliza mais e sem tocá-las vamos escolher apenas uma delas”.
- “Na segunda volta ao redor da mesa, cada um vai pegar a figura que mais o tocou e retornar ao seu lugar. Se duas ou mais pessoas escolherem a mesma figura, podem sentar-se próximas umas das outras.”
- Após o retorno de todos, propor que cada um apresente ao grupo a figura escolhida explicando o porquê de sua escolha. Incentivar para que todos o façam.
 2º momento:25’
Após a manifestação de todos, distribuir o texto de apoio e sugerir que um dos participantes o leia.
- deixar que releiam, agora em silêncio, se assim desejarem.
- em seguida propor que resumam o que entenderam.
- repetir a pergunta do final do texto lido: “... Alguém nos fez ou nos faz perceber o rosto, a presença de Jesus, de Deus, na nossa vida?”
- motivar para que todos falem.

3º momento: 20’
Após a manifestação de todos propor:
- agora, cada um vai colar a figura de Jesus que tem em mãos e escrever ao lado o nome ou os nomes das pessoas que o fizeram ou ainda o fazem perceber o rosto, a presença de Jesus na sua vida e o porque. Pode citar quantas pessoas desejar, apenas seja claro e objetivo, por ex.: madre Tereza de Calcutá (ajudava o mais necessitado); um sacerdote amigo(revela santidade em suas palavras e gestos); meu pai (ensinou-me a amar as pessoas) etc.
- disponibilizar os materiais: cola, cartolina, canetas e deixá-los a vontade.
 4º momento: 10’
Convidá-los a apreciar o cartaz e solicitar: “Agora, vamos conversar com Jesus, falando de nós, das nossas coisas, da nossa vida, do nosso amor por Ele. Podemos também falar das pessoas que nos levaram a conhecê-lo, amá-lo etc. Vamos fazer isso escrevendo. Este papel que estão recebendo é de vocês, ninguém o tocará, após o exercício podem guardá-lo como lembrança deste momento. Os que não desejarem escrever apenas fechem os olhos e sintam-se conversando com Jesus”.
- distribuir os papéis (¼ de folha sulfite), canetas. Ligar o som, volume baixo, e deixá-los à vontade.
- ao término pedir que guardem o que escreveram e propor que conversem com Jesus sempre que desejarem.
5º momento: 15’
Propor: “retomando o texto de apoio, vamos nos deter no impresso em destaque no quadro da folha, vamos ler, em silêncio, refletir seu sentido”. Dar um tempo para que leiam. – em seguida, solicitar que fechem os olhos, acolham as propostas e respondam ao seu próprio coração. “É o momento da nossa interiorização conosco mesmo e com Jesus”. Fazer as propostas pausadamente, dando o tempo necessário para que reflitam:
- De que maneira em meus trabalhos pastorais tenho refletido o “rosto” de Cristo?
- E em minha própria família?
- Há alguém em especial que dificulta o meu expressar essa imagem, esse rosto de Jesus? O que faço para vencer essa barreira?
- De que maneira acolho o outro, quando me passa esse semblante do Cristo?
- De que maneira acolho o outro quando NÃO me passa esse semblante do Cristo?
- É mais fácil perceber o reflexo de Jesus em momentos de alegria ou de tristeza?
- Agora, pense no próprio Cristo Jesus, reforce em seu coração, em sua mente, em seu espírito esse Cristo por inteiro e ofereça a Ele todas as pessoas que vieram à sua mente e ao seu coração durante esses trabalhos.
- Abram os olhos devagar, sintam-se à vontade. Quem desejar pode espreguiçar-se.
- Abrir para manifestações.
- Concluir e agradecer a participação de todos.

Texto de Apoio: O rosto do meu Jesus
Muitas vezes fico pensando como seria, de fato, o rosto do meu Jesus.
Os apóstolos contemplaram esse rosto bendito. Viram seu sorriso e sua alegria.
Conheceram, pela sua face, a face da compaixão, do Amor, a paixão da entrega. A dor dos homens e a serenidade de Deus. Sentiram a força de seu olhar. Viram seu rosto condoí,o pela dureza dos corações, iluminado pela presença do Pai, amoroso pelo coração do amigo. Alguns tocaram esse rosto, experimentaram a doçura que revelava, descobriram o mistério que escondia e encontraram nele a paz. Conviveram muito pouco, face a face, com este homem terreno, mas o que dele aprenderam se fez eterno. Muitos o retrataram em telas, imagens, esculturas, postais... outros, com a própria vida...  Também hoje, entre nós, há homens, mulheres e até crianças que nos fazem sentir e perceber o rosto, a presença de Jesus em nossa vida. Mas há em cada um de nós um rosto, uma imagem da pessoa de Jesus, que é única, especial. Por isso gosto de dizer “o rosto do meu Jesus”, não pela pretensão de que seja só meu, mas pelo desejo de que entre ele e eu haja um laço tão forte que eu o reconheça... “é o rosto do meu Jesus”... se apresentando aqui e ali... na vida dos meus irmãos. Vamos pensar nisto: alguma vez, alguém que passou por nós ou ainda faz parte da nossa vida, nos fez ou nos faz perceber o rosto, a presença de Jesus, de Deus, na nossa vida?  ... Se a verdadeira cultura é a que exprime os valores universais da pessoa, quem pode projetar mais luz sobre a realidade do homem, sobre a sua dignidade e razão de ser, sobre a sua liberdade e destino do que o Evangelho de Cristo? ... A primeira forma de evangelização é o testemunho, isto é, a proclamação da mensagem da salvação através das obras e da coerência de vida, levando assim a cabo a sua encarnação na história cotidiana dos homens. Por isso, a nova evangelização exige coerência de vida, testemunho sólido e unitário de caridade, sob o signo da unidade, para que o mundo creia... Jesus não somente se aproxima dos caminhantes. Vai além: faz-se caminho para eles... acompanha seus passos, aspirações e biscas, problemas e dificuldades...Põe em prática o que, um dia, ensinara a um doutor da Lei: as feridas e os gemidos do homem... constituem a urgência do próprio caminhar...
Documento de Santo Domingo I,22.30 – III, 16-17
 Do livro: Família e Vida, Caminho, Vocação e Missão – Sonia Biffi e Rosabel De Chiaro – Paulus Editora - 2007




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