terça-feira, 20 de setembro de 2011

ENCONTRO DE FORMAÇÃO

No último dia 11 de setembro, nós catequistas do setor matriz da paróquia Bom Jesus, estivemos reunidos em mais uma etapa do curso de formação dentro do projeto diocesano de formação para catequistas (sobre o qual falarei em outra oportunidade).
Desta feita, os temas em evidência foram a missão e a espiritualidade do catequista, e que tão bem foi defendida por Rowane e Artulita.
Com a presença da irmã Keila foi feita a oração inicial, a introdução sobre os temas do encontro, a leitura do evangelho do dia com a reflexão partilhada. E logo em seguida foi apresentada a dinâmica a seguir:
OS SEGREDOS DO UNIVERSO
Certa vez, no reino do Rei Sol, estavam todos os planetas e astros do universo reunidos procurando uma posição de equilíbrio e harmonia.
Os astros, possuindo suas características específicas, posicionavam-se uns muito longe e outros muito perto do Sol, mas sempre girando em torno dele, numa busca de satisfação.
Um dia, o Rei Sol resolveu convocar todos para um congresso muito importante. Ele pronunciou: O tema em questão será “O QUE É AMIZADE?”
Todos se prepararam. Ficaram de pé e se arrumaram para o tal congresso.
A amizade, naquele reino, era a coisa mais importante e sabiam que cada amigo era um tesouro extremamente valioso.
O CONGRESSO
O primeiro a falar foi o Rei Sol que começou dizendo que amizade era distribuir apertos de mão a quem encontrava. Todos os astros concordaram e começaram a tocar nas mãos uns dos outros cumprimentando-se, identificando-se.
A Lua, logo em seguida levantou-se e disse que ser amigo era sorrir sempre. Ela sorriu e como um eco, todo o grupo fez o mesmo.
A Terra olhou para todos os presentes e disse: “Ser amigo é dar um abraço nas pessoas próximas”. E logo todos fizeram o mesmo. E com abraços todos se sentiam acolhidos e seguros. Estenderam os braços, aconchegaram-se e retornaram aos seus lugares.
Plutão interferiu dizendo que a amizade era muito mais, era também falar uma palavra de carinho e de estímulo ao amigo do lado. Elogios, votos de sucesso, reconhecimento, felicitações e votos de saúde e paz se espalharam entre os participantes. Uns encorajavam, outros anunciavam, todos se comunicavam.
Marte, na sua vez de falar, disse que amizade é caminhar junto de seus amigos. E, em ritmos diferentes, os passos, a harmonia e o balanço dos participantes iam nascendo no caminhar lado a lado com os amigos.
A Estrela disse que ser amigo é saber ouvir o outro. E todos começaram a escutar os cochichos íntimos dos amigos, segredos de dor, desabafos, sonhos e mágoas foram nesse momento confessados ao “pé do ouvido”.
Saturno com sua voz alta e clara disse que se demonstra a amizade quando somos flexíveis. Quando podemos nos mexer para todos os lados, como dança folclórica que tem remelexo, caracol e passa-passa. Todo o grupo começou a dançar.
Mercúrio tendo sua vez de falar, disse que ser amigo é suportar os pequenos atritos existentes no universo. E todos começaram a se mexer sem temer, esbarravam-se na confiança de que os atropelos são inevitáveis, suportáveis e passageiros.
Por fim, Netuno disse empolgado que ser amigo é dizer sempre: “Como é bom estar aqui com vocês!” e todos repetiam o mesmo: “COMO É BOM ESTAR AQUI COM VOCÊS!”
Ao final do congresso, todos descobriram o valor de uma amizade para o crescimento e melhor entrosamento entre todos. Descobriram que os atritos acontecem e irão continuar acontecendo. Devemos saber encará-los, procurando sempre manter o equilíbrio nos relacionamentos. E este é o grande segredo do universo!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A dramatização de todos os movimentos faz com que o grupo se aproxime e demonstre carinho, amor e amizade, conseguindo transmitir esses sentimentos ao outro que nunca teve coragem de manifestá-los. Todos descobrem sentimentos que estavam ocultos e, dessa forma, deixam que se tornem explícitos. Os sentimentos, as relações de amizade e a forma de ver e entender o grupo tornam-se maduras, enriquecedoras e produtivas.
AS PALESTRAS
Dentro dos ensinamentos do Diretório Nacional da Catequese, as palestrantes nos mostraram a origem da palavra catequese e o seu significado: 
Catequese é fazer ecoar e ressoar. A Palavra de Deus vem dele mesmo e é do alto. Vem com a força de sua autoridade divina. A Palavra ecoa no interior da pessoa, transforma-a e a faz participar da comunidade, da vida, do mundo. A Catequese, o(a) catequista deve ajudar o(a) catequizando(a) a escutar tal Palavra, a acolhê-la, a vivê-la. O(A) catequista deve ser o(a) mediador(a) do processo catequético e tem que estar atento(a) a: ajudar o(a) catequizando(a) a dialogar e a comungar com Deus; propiciar um ambiente comunitário de fé, de amor e de esperança; favorecer a presença da vida no processo para transformá-la.

Em seguida, tratou da missão do catequista:
O catequista é um cristão, chamado por Deus para a catequese, desenvolvendo a sua missão tendo Jesus Cristo como Mestre, movido pelo Espírito Santo realiza um acto eclesial de serviço na Igreja.
A missão de ser catequista
Nasce da fé
Exige:
  •      Ter consciência de ser um vocacionado
  •       A sua vocação nasce do batismo
  •       Ser catequista com toda a vida
  •      Aprofundar a sua vocação de dia para dia
  •      Viver com alegria e confiança

Vive-se na fé
Exige:
  •      Ter uma opção clara por Jesus Cristo
  •      Viver uma relação de amizade com Jesus
  •       Assumir o programa de vida de Jesus
  •       Deixar-se guiar pela Palavra de Deus
  •       Viver com esforço e súplica

Realiza-se para o serviço da fé
Exige ajudar o catequizando a :
  •       Ler a vida a partir da fé
  •      Iluminar a vida a partir do Evangelho
  •     Viver a vida no seguimento de Jesus
  •      Expressar a fé na celebração e na oração
  •      Manifestar a fé pelo compromisso

Traços da espiritualidade do catequista:

Esta imagem mostra alguns dos traços da espiritualidade do catequista. Assim, sua espiritualidade deve ser trinitária, pois revela a comunidade divina, a Santíssima Trindade. Deus Pai que nos ama com amor materno, Jesus que nos faz irmãos e o Espírito Santo que nos santifica. Deus se revela, no seu mistério, como comunidade. Nossa espiritualidade deve ser essencialmente comunitária.
É preciso experimentar o Deus que nos cria e nos ama, o Deus que nos salva e caminha conosco e o Deus que nos santifica e nos conduz.

Esta imagem nos lembra um dos traços da espiritualidade do catequista. Deve ser uma espiritualidade bíblica, pois o catequista escuta com fé a Palavra de Deus e está a serviço dela, como porta-voz da Boa Notícia que se manifesta nos acontecimentos. Somente tendo intimidade com a Palavra, podemos anunciar o querigma da salvação.

Esta imagem revela um dos traços da espiritualidade do catequista, que deve ser, sobretudo, eclesial e litúrgica. Assim, o catequista acolhe com fidelidade o ministério da Igreja, celebrando e testemunhando o Mistério Pascal de Cristo. A Igreja é o lugar do encontro sacramental com o Senhor vivo e ressuscitado.

Esta imagem confirma um dos traços da espiritualidade do catequista, que deve ser, sobretudo, Eucarística. O catequista participa da Celebração Eucarística como ato central da sua vida, alimentando a sua vida de oração, de contemplação e sacramental, encarnada na vida do povo.

Esta imagem representa um dos traços da espiritualidade do catequista. Ela deve ser Mariana, realizando-se na humildade do serviço e no acolhimento da Palavra de Deus.
Maria é a primeira a se comprometer com o povo pela sua fidelidade, disponibilidade e entrega a Deu


Esta imagem relata um dos traços da espiritualidade do catequista, que deve ser, também, vivencial e comunitária, pois Deus se revela em nossa vida através dos fatos e acontecimentos, na nossa história. A mensagem que transmite vem acompanhada sempre do próprio testemunho, comunicando amor, coerência de vida, oração e ação.
                 
Esta imagem representa um dos traços da espiritualidade do catequista, que deve ser libertadora, pois revela a Boa Nova que ecoa a todos como anúncio da libertação do homem, de tudo aquilo que o aprisiona e resgatando a sua dignidade humana. Desde a encarnação de Jesus, toda a realidade humana ficou cheia da sua presença


Esta imagem relata um dos traços da espiritualidade do catequista. Ela deve ser acima de tudo, alegre e esperançosa, pois a presença de Deus na vida do catequista enche de alegria, e esta deve ser partilhada com toda a comunidade, levando esperança nos momentos de sofrimento e aparente derrota.

Fontes :  http://mafaoli.blogs.sapo.pt/3381.html

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