Neste ano, a Campanha da Fraternidade nos convida a voltar o nosso olhar sobre o nosso planeta e além de admirar a sua beleza, refletir sobre as ameaças que pairam sobre toda a espécie de vida nele existente, e ainda refletir sobre as causas e os responsáveis pela devastação e destruição que pairam sobre o planeta Terra.
Recordando um pensamento do Papa Bento XVI que nos diz que “Com grande generosidade, Deus confiou-nos o mundo que criou. Urge aprender a respeitá-lo e protegê-lo melhor”, cremos ser fundamental termos mais cuidado com o nosso planeta.
Seja por causas naturais, seja por ação humana, o planeta Terra vem sofrendo profundas alterações, recaindo sobre si ameaças nunca antes imaginada. Portanto, é imprescindível que todos tomem consciência deste fato, e de sua responsabilidade na defesa da vida, em suas mais variadas manifestações.
A Igreja hoje nos pede uma contribuição para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e para motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta. Para tanto, faz-se necessária uma profunda conversão pessoal e comunitária, para que ocorra uma mudança na forma como se trata a natureza, e assuma-se um compromisso com a defesa da vida no planeta.
São inúmeras as ameaças à vida, mas não podemos desistir de lutar para construir um mundo melhor. Devemos permanecer fiéis ao nosso papel de cuidadores e protetores da Vida e do planeta.
Dos seres criados, o ser humano deveria ser o primeiro a zelar pelas Obras do Criador. Deus criou o homem e a mulher para submeter e dominar a terra, isto é, para cultivar, guardar, organizar e cuidar da terra (cf. Gn 2, 15). Por sua própria natureza, “o ser humano é um ser social” (Gn 5, 12) e, consequentemente, “chamado à cooperação e à solidariedade para com seus irmãos e para com os seres da natureza” (TB, 108). Deus confiou-nos a missão de edificar o Seu Reino. A conservação, o cuidado e a proteção da natureza fazem parte desta missão.
Lembremos que a Igreja não se opõe ao desenvolvimento, desde que respeite a natureza e possibilite a inclusão social a todos, sem distinção. Pois, na maioria das vezes, vemos que os prejudicados são os mais pobres, que não conseguem tirar o próprio sustento da terra, tendo que se transferir para os centros urbanos. A evolução tecnológica não pode ignorar o meio ambiente, desalojar famílias e destruir a cultura.
Para salvarmos nosso planeta é preciso uma nova mentalidade, onde haja uma mudança nos padrões de consumo, especialmente daqueles que direcionam sua vida no “ter”. É preciso tomar atitudes, envolvendo-se em ações concretas e eficazes de forma a preservar o nosso planeta e defender a vida nele existente. Quanto mais intenso for o nosso relacionamento com o Deus da Vida, maior será o nosso comprometimento e perseverança na luta em defesa do bem maior que temos: a Vida Humana, luta essa que não deve cessar, pois muitas e frequentes são suas ameaças. Essa proteção e defesa devem abranger todas as suas fases, desde a fecundação até o seu fim natural.
Comissão Arquidiocesana de Promoção e Defesa da Vida – Londrina.
FONTE
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