Ter uma religião, acreditar em Deus, ser um Cristão. Temas que pode gerar debates e polêmicas intermináveis. Um filósofo disse que a religião é o ópio do povo. Na verdade muitos usam a religião de forma errada, talvez como uma forma de ganhar em cima da fé ou da crença do povo.
Acredito muito na importância de Deus e de Jesus na minha vida e na constituição da minha filha juntamente com a educação das minhas filhas.
No entanto, tem algo que eu penso e não gosto de falar muito, pois pode parecer contraditório para uma pessoa ou para uma família que vive praticando sua fé. Acho e tenho a convicção que a minha igreja é algo que começa dentro de mim, no meu interior, para que partindo daí eu possa me relacionar com as outras pessoas. Percebo que muitos não têm esta certeza e vive uma religião de fachada. Vejo nos grupos ou nas pastorais que muitas procuram motivos para estar aparecendo, pondo seu trabalho a disposição de vaidades e não como algo que possa ajudar a evangelizar o próximo. São pessoas que porque qualquer motivo deixa de participar, ficam com raiva e guarda muito mágoa e rancor. É preciso ter esta consciência que tudo começa no nosso interior, é encontrar Deus no nosso coração, é o que chamo de IGREJA INTERIOR.
Veja algumas perguntas interessantes que nós nos fazemos e muitas vezes não temos respostas satisfatórias para elas. Para maiores esclarecimentos consulte o site http://www.jornalinfinito.com.br/entrevistas.asp?cod=9
Qual a importância da religião na vida das pessoas?
Antônio Roberto Soares - Primeiro temos que distinguir entre religião e religiosidade. A religiosidade é muito importante porque é a religação do homem com a natureza, com Deus, com o cosmo, com o universo, com o outro e consigo mesmo. Essa é uma tendência natural. É o impulso para o infinito. Pessoas que têm ligação natural com o infinito, com o desconhecido, viverão com maior abundância, maior amor ao próximo. A religião é possuir uma crença religiosa, um ritual. A religião é uma escolha e um caminho para a religiosidade, um meio para a pessoa entrar em contato com a divindade. Em si, ela não é o essencial e, sim, o impulso que o indivíduo tem de se ligar a Deus. A religião acaba sendo importante na medida em que facilita essa ligação. Todos os rituais, sons, mantras, o cheiro do incenso criam um clima para que você entre em contato com o eu interior e, conseqüentemente, com o eu cósmico.
A fé remove montanhas?
Aqui temos que distinguir a diferença entre fé e crença. A fé é uma abertura do meu coração à verdade seja qual for. É uma disponibilidade para o desconhecido, para o mistério, para Deus. A crença é a certeza. A fé, por incrível que pareça, é uma dúvida, assim eu não sei, mas estou aberto para o que for. Certa vez perguntaram a Buda se ele continuaria acreditando em Deus caso houvesse uma comprovação científica da sua existência. Buda respondeu: “Claro que não”. Esse não saber que caracteriza o verdadeiro místico, essa abertura a qualquer possibilidade é o que é bonito na fé. A fé não é a certeza. Ter crença é relatividade fácil, você simplesmente acredita. Não saber e acreditar com o coração aberto é difícil. Esse é o verdadeiro místico, Alguém que tem certeza que alguma coisa existe ou não existe dá no mesmo, é tudo certeza. A fé no sentido de abertura para o desconhecido remove qualquer montanha, todos os mares porque remove o fundamental: a ignorância que é a certeza.
A IMPORTANCIA DA FORMAÇÃO RELIGIOSA NA FAMÍLIA
No mundo de hoje não se passa um dia sem que se tenha acesso, seja pelos jornais, pela televisão ou pelo rádio, a relatos de violência, corrupção e devassidão mo¬ral. Tudo isso, sem sombra de dúvida, é fruto da falta da presença de Deus na vida das pessoas.
Aparentemente, nada nos falta. Temos recursos tecnológicos jamais sonhados por nossos pais, avanços fantásticos em todas as ciências, na genética, nas pesquisas espaciais, na produção de alimentos, na velocidade da informação e das comunicações.
Com tantos e tão extraordinários recursos, deveríamos estar vivendo num mundo onde imperassem a paz, a justiça, a solidariedade. Mas o que vemos é injustiça, egoísmo, na forma de ataques terroristas brutais, crimes, seqüestros, guerras, fome, doenças devastadoras, destruição ambiental.
Na sociedade, o consumismo desenfreado, a corrupção, a permissividade, a libertinagem são aceitos, e em alguns casos até louvados, como padrão normal de comportamento. Na televisão, que entra no recesso dos lares, as novelas, os programas de auditório de baixíssimo nível moral e cultural são prestigiados e copiados, por proporcionarem audiência e lucro financeiro. O que ensinam às crianças e adolescentes, na maior parte do tempo entregues à sua nefasta influência? Nada que possa fazê-los crescer espiritual, intelectual ou culturalmente. Ao contrário, estão destruindo a família e seus valores, apresentando como normais, e dignos de serem imitados, padrões de comportamento em que a fidelidade, a honestidade, o pudor estão fora de moda, o casamento de nada vale, o que vale é a satisfação dos sentidos, e aquilo que o povo apelidou de "lei de Gérson", ou seja, "levar vantagem em tudo".
O que podemos concluir daí?
Simplesmente que, preocupadas em satisfazer seu egoísmo, em procurar o prazer acima de tudo, em cultuar o corpo e a beleza física, o sucesso e o dinheiro, as pessoas se esqueceram de que esta vida transitória nos foi dada por Deus para servir como ponte para uma outra vida, esta sim, definitiva. E o passaporte de entrada para o Reino de Deus não será baseado em conquistas materiais, no sucesso profissional ou intelectual, no poder que exercemos neste mundo. Será fundamentado no Bem que tivermos espalhado ao nosso redor, no serviço desinteressado ao próximo, na Verdade e na Beleza de nossas atitudes.
Como poderemos conseguir isso? Através de uma sólida e autêntica formação moral, de uma prática religiosa constante, do exercício da caridade, alicerçados no amor a Deus e na devoção a Maria Santíssima. É isso que devemos proporcionar a nossos filhos, através do exemplo de uma vivência autenticamente cristã.
Um dos valores hoje mais bem-conceituados é a liberdade do indivíduo. Mas o que em geral é esquecido é que a liberdade de cada um implica no respeito à liberdade do outro. Afirma São Tomás de Aquino que o homem tem toda a liberdade para a prática do bem, mas não, evidentemente, do mal.
Nos lares em que esses ensinamentos são passados dos pais para os filhos é muito difícil que estes procurem a fuga enganosa pelas vias das drogas, da promiscuidade sexual ou do individualismo egoísta.
Se desde cedo forem ensinados, não só por palavras, mas pelo exemplo, a manifestarem seu amor a Deus através do respeito ao próximo, da compaixão, da solidariedade, do senso de justiça, enfim, de tudo o que Jesus nos ensina em seu Evangelho, suas vidas seguirão nesse caminho.
O grande desafio proposto a nós, cristãos, no mundo de hoje, é propagar o Evangelho de Jesus a todos, começando por dentro de casa. Não devemos nos intimidar com o que os outros vão achar, nem esmorecer na defesa dos ensinamentos de Cristo. Não importa se formos rotulados de carolas, ultrapassados. Temos de lutar contra o mal que se espalhou pelo mundo.
É como um perfume que se espalha no ar: acaba atingindo também nossos familiares e amigos, atraindo-os para o mesmo ideal, numa reação em cadeia. Assim será contagiado um número cada vez maior de pessoas, que, por sua vez, irão propagar também a devoção a Nossa Senhora como forma de chegar a Jesus. A célula dessa expansão é a família, mais unida quanto mais fiel for à doutrina de Cristo. Se conseguirmos que muitas sejam assim, esse mundo será um dia uma antevisão do Céu que nos espera, um mundo onde Maria reinará soberana e triunfal, conforme prometeu em Fátima.
(Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2002, n. 8, p. 34-35)
RELIGIÃO E A LIBERDADE DE CULTOS
No dia 07 de janeiro foi comemorado o dia da liberdade de cultos. Todos nós sabemos que são direitos constitucionais de todos os cidadãos brasileiros: ter uma religião e que esta sua escolha seja respeitada. É por este fato que todos temos que procurar conviver harmoniosamente, pois temos a liberdade de professar qualquer culto.
Mas sentimos na pele, como católicos, que as provocações são muitas. Vejo as pessoas usando a sua religião como formar de afastar um do outro, quando o certo seria a procuração da união. Já disse o padre Zezinho, salvo engano, que temos que ver na nossa religião aquilo que pode nos unir e não nos afastar.
Muitas provocações são dirigidas a nossa religião. Alguns questionamentos são dirigidos a nós como forma de nos cutucar e dizar que não estamos levando ao pé da letra aquilo que está na Bíblia, mas temos que estar atentos e estudar, estudar. Vejo que nossa igreja tem muitos documentos que pode nos ajudar nesta tarefa. Vamos ter subsídios para responder estas provocações.
Alguns dias atrás adquiri um livrinho muito bom e que traz ensinamentos que nos ajudarão a responder certas perguntas. O livro chama-se QUESTÕES QUE A BÍBLIA RESPONDE, o autor e W. Ivan, editora Paulinas.
Vamos aprender para responder as críticas mais severas que recebemos como católicos sobre alguns temas: Os Santos, Nossa Senhora, Jesus único mediador, os irmãos de Jesus, o Batismo, riquezas do Vaticano, O primeiro papa, a Confissão, etc.
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