O RIO E O OCEANO

Estou aqui de volta. Confesso que achei que não teria mais coragem de escrever algo aqui. É que as surpresas que Deus nos reserva ás vezes nos deixa completamente sem forças e coragem. Viver mudanças requerer muito de nós, principalmente muita fé e oração, e esses dois pilares que nós católicos precisamos para nos apoiar, hoje eu sei que na minha vida é algo bem primário, ou seja, tenho muito que caminhar para encontrá-los e conseguir fazer deles uma constante no meu dia a dia.

Tenho esperança que conseguirei. E enquanto isso vou me preparando para um momento muito especial para minha família que é a realização da primeira eucaristia da minha filha Alice no próximo dia 06 de maio.

A expectativa é dupla, pois além de ser um pai que verá sua filha receber o corpo de Cristo pela primeira vez, sou também um catequista que terei a oportunidade de ver aquelas crianças que acompanhei desde a primeira etapa da catequese chegar a este momento tão bonito para nós como família e como católicos.

E são esses momentos que fazem com que sintamos que Deus está presente e temos que procurar forças nele para atravessar os momentos difíceis de mudanças. É como este poema que trago a seguir:

Diz-se que,
mesmo antes de um rio cair no oceano
ele treme de medo.
Olha para trás,
para toda a jornada,
os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso
através das florestas,
através dos povoados,
e vê à sua frente
um oceano tão vasto
que entrar nele nada mais é
do que desaparecer para sempre.

Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano
é que o medo desaparece.
Porque, apenas então,
o rio saberá que não se trata
de desaparecer no oceano.
Mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento
e por outro lado é renascimento.

( Autor desconhecido )