segunda-feira, 16 de maio de 2011

BEM-AVENTURADA AQUELA QUE ACREDITOU

Como casal e como família, vamos, com esta reflexão, contemplar Maria.
Depois da anunciação do anjo, Maria Partiu pra visitar Isabel. Ao chegar, Isabel a saudou com expressões muito profundas, entre as quais salientamos uma: “Bem-aventurada aquela que acreditou”
Na anunciação, Maria abandonou-se por completo em Deus, manifestando a
 “obediência da fé” àquele que lhe falou por intermédio de seu mensageiro e, prestando “a homenagem do entendimento e da vontade responder com todo o seu eu humano”
Diante da anunciação, Maria acreditou  que pelo poder do Altíssimo, por obra do Espírito Santo, ela se tornava a mãe do Filho de Deus. Pois bem, o “bem-aventurada aquela que acreditou” aplica-se não apenas a esse momento culminante, mas a todo o seu “caminho para Deus” em todo o seu caminho de fé.
Toda a vida de Maria é um verdadeiro caminho de fé, de abandono e entrega absoluta nas mãos de Deus; isso, no entanto, além do olhar de fé em todos os acontecimentos e da fidelidade ao Senhor, a quem “nada é impossível”.
A fidelidade de Maria à sua fé é construída pelo esvaziar-se de seu eu, desprendimento e pobreza, pela contemplação e pela cruz, pela disponibilidade e confiança. Essa fidelidade pressupõe momentos difíceis e dolorosos. Deve tomar sobre si a profecia de Simeão: “Uma espada há de atravessar-lhe a alma”; não compreende plenamente a resposta do menono no Templo e sofre terrivelmente o martírio da cruz.
À luz de Maria, podemos apreender três ensinamentos:
  • A felicidade de nossos lares consiste em que todos nós, seus membros, digamos sempre “sim ao Senhor”.
  • Precisamos ser fiéis ao Pai, Deus, na alegria e na dor, tal como o expressam os esposos: “na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença”.
  • A fidelidade a Deus apóia-se sobre três pilares fundamentais: pobreza, confiança e disponibilidade.
Somente os pobres de coração podem confiar plenamente no Senhor e estar disponíveis para sua vontade. Dessa maneira, todo lar se transforma em luz do Senhor no mundo.
“Bem-aventurada aquela que acreditou”. Ao pé da cruz, o”o nó da desobediência de Eva foi desamarrado pela obediência de Maria; o que Eva atou pela incredulidade a virgem Maria desatou pela fé” (Santo Irineo).  Maria é “a mãe dos viventes”. “A morte veio por Eva, por Maria, a vida”.
Quantos lares vivem nas trevas! Quantas famílias renovam a desobediência de Eva e quantas são vítimas do pedado dos outros! Nossos lares são chamados a imitara obediência de Maria; em meio à obscuridade, somos chamadas a ser luz. A um mundo acorrentados pelo ódio e pela violência, pelo materialismo e pela sensualidade, pela mentira e pelo vício, pela pressão e pela avareza, pelo desalento e pela falta de rumos definidos no caminhar, a temos a missão de levar a libertação em Cristo. Um dia, Maria gerou par o mundo o Cristo libertador; assim, ofereçamos também nós, como Maria e com ela, no testemunho de nossos lares, verdadeiros santuários domésticos, a presença de Cristo, o qual, com sua luz, ilumina a escuridão.
“Bem-aventurada aquela que acreditou”. Felizes nossos lares, porque também acreditamos. Exclamemos alegremente com Maria: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor”.
Para o casal dialogar
  1. Que lugar ocupa Maria em nosso lar?
  2.  Em nossa casa, dizemos sempre “sim” a Deus?
  3. Temos confiança em Deus e mantemo-nos disponíveis ao seu plano?
Para orar juntos

Oremos com Maria (Lc 1, 46-55)

Do livro Crescer a dois, Ricardo E. Facci, editora Paulinas

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