segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Catequista e a Vida de Comunhão

Para o cristão é fundamental a fé na Santíssima Trindade. De fato, o cristão acredita em Jesus Cristo e em todas as verdades sobre Deus que ele nos revelou. Como constatamos no próprio Diretório Nacional de Catequese (DNC 100), este é o ponto central da fé e da vida cristã. O Deus que nos criou à sua imagem e semelhança é um Único Deus-Comunhão, isto é: um só Deus formado pela Comunhão das pessoas do Pai, de seu Filho Jesus e do Espírito Santo. Assim também nós, todas as pessoas humanas, somos chamados por este mesmo Deus a vivermos em Comunhão entre nós. “Esta comunhão deve estar refletida nas relações pessoais, na convivência social e em todas as dimensões da vida, inclusive econômica, social e política, fazendo-nos irmãos, filhos do mesmo Pai”.
    Na catequese precisamos ensinar o quanto “a vida trinitária é a fonte e meta na nossa vida”. Cabe ao catequista conseguir levar os catequizandos a assimilarem o mistério de Deus de forma tal a crescerem na comunhão entre si e deles com a comunidade eclesial (cf. DNC 172).
    Essa tarefa não é tão difícil assim, mas também não é das mais simples, pois vai exigir tanto da Comunidade quanto do próprio Catequista uma autêntica vivência dessa verdade. Para começar, a própria Comunidade já deve dar o seu testemunho de Comunhão e deve também preparar seus catequistas para que consigam sentir-se tão engajados na Comunidade Eclesial a ponto de terem “consciência de que é em nome da Igreja que transmitem o Evangelho”; deve também ajudá-los a se capacitarem a “assumir uma espiritualidade de identificação com Jesus Cristo, sustentada pelo testemunho quotidiano de justiça e solidariedade, pela Palavra de Deus, pela Eucaristia e pela missão” (DNC 255c.e).
    O Mistério da Trindade inspira também toda a atuação do Catequista que deve desenvolver sua missão sempre em Comunidade, em grupo, em sintonia com os demais Catequistas e nunca de forma isolada ou por conta própria (cf. DNC 176). Através de um testemunho tão marcante, o catequista consegue passar o significado vital dessa verdade fundamental da fé cristã.
    Neste contexto fica mais fácil entender porque a Eucaristia é um dos sustentos necessários da espiritualidade do Catequista. Este sacramento necessariamente nos coloca em Comunhão com todo o Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus e com todos os que “partilham do mesmo pão”. Na Eucaristia a Comunhão que se estabelece é com Deus e também com toda a Comunidade. É como se todos, juntos, renovassem a vontade de pôr em prática seus compromissos cristãos e soubessem que podem contar tanto com a força que vem de Deus presente no Alimento Eucarístico quanto com a solidariedade e partilha dos dons de cada membro da Comunidade.
    “O catequista que participa da vida de grupo reconhece ser, em nome da Igreja, testemunha ativa do Evangelho, participando da vida eclesial, encontrando na Eucaristia uma grande fonte de crescimento pessoal e de inspiração para a realização de suas aspirações” (DNC 176).

Fonte: Pe. Luís Gonzaga Bolinelli

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