Estivemos no último final de semana em mais uma etapa dos encontros de formação de catequistas, promovido pela nossa diocese. Desta vez os temas seriam:
- O ser, o saber e o saber fazer do Catequista
- A pedagogia de Jesus
O encontro começou as 8:00 horas e terminou as 12:00 horas. No início tivemos a palavra da Irmã Keila, responsável pela catequese e da Coordenadora paroquial Cremilda. O nosso padre José silva este nos visitando, mas teve que ir cumprir outros compromissos, deixando palavras de incentivo aos presentes.Logo após,começou a palestra com duas teólogas leigas, Lucélia e Liliane.
O encontro foi muito proveitoso, já que tivemos oportunidades de trocar experiências com catequistas de outras comunidades, e de receber novos ensinamentos que por certo vão melhorar nossa atuação, não só como catequistas, mas no nosso dia a dia.
Como a dinâmica do encontro é muito rápida, fica difícil anotar o que foi dito, mas baseado nos documentos que tratam da catequese tentei buscar nas minhas pesquisas alguma coisa que chegasse perto daquilo que nos foi passado.
PADRE JOSÉ SILVA |
1 - O Saber do Catequista: preparar-se para servir
O Diretório Nacional de Catequese (DNC) cita estas palavras do DGC quando fala da importância da formação inicial e permanente de catequistas, tendo em vista o exercício de sua missão (ver DNC, nº 252).
A formação de catequistas é um instrumento valioso na preparação de pessoas para o ministério catequético, pois lhes dá segurança no anúncio do Evangelho. Além disso, o/a catequista cresce e se realiza como pessoa, assumindo sua missão com alegria e satisfação.
É por isso que muitas/os catequistas estão participando das Escolas Bíblico-Catequéticas regionais, diocesanas e paroquiais.
O DGC insiste em três aspectos do conhecimento que são importantes no exercício do ministério catequético: 1. a mensagem a ser transmitida; 2. o interlocutor que recebe a mensagem; 3. o contexto social em que vivemos.
A mensagem
“A mensagem é mais que doutrina, pois ela não se limita a propor idéias. A mensagem é vida” (João Paulo II, citado no DNC 97). A mensagem catequética faz ecoar a mensagem de Jesus, que nos comunicou o mistério da Santíssima Trindade, Deus-Comunhão(ver DNC 100). O centro da mensagem catequética é anunciar que “a salvação é oferecida a todas as pessoas, como dom da graça e da misericórdia de Deus” (Paulo VI, Evangelii Nuntiandi 27a).
O interlocutor
Em vez de falar de “destinatário”, o DNC prefere usar “interlocutor”, já que o catequizando interage no processo catequético (ver DNC, cap. 6). Além de levar em consideração as diferentes etapas da vida humana (idosa, adulta, juvenil, adolescente, infantil), faz-se necessário não esquecer a catequese na diversidade, que inclui os grupos indígenas, afro-brasileiros, as pessoas com deficiência, os marginalizados e excluídos, as pessoas em situações canonicamente irregulares. Ainda devem ser tidos em conta os grupos diferenciados (profissionais liberais, artistas, universitários, migrantes...), os diversos ambientes (rural e urbano), o contexto sócio-religioso (pluralismo cultural e religioso, a religiosidade popular, o ecumenismo, o diálogo inter-religioso, os recentes movimentos religiosos), e o contexto sócio-cultural (inculturação, comunicação e linguagem) para que possamos alcançar a todos.
O contexto social
O parágrafo 86 do DNC cita a Constituição do Vaticano II, Gaudium et Spes 1: “as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”. Portanto, a vida humana e tudo aquilo que a envolve faz parte do anúncio catequético, que não pode ignorar o mundo em que vivemos.
O que um/a catequista precisa conhecer?
Levando em consideração a mensagem, o interlocutor e o contexto social, o DNC (nº 269) apresenta os conteúdos que um/a catequista precisa conhecer para desempenhar com qualidade e segurança seu ministério:
a) a Palavra de Deus, fonte da catequese: “A Sagrada Escritura deverá ser a alma da formação”;
b) o núcleo básico da nossa fé: as quatro colunas (credo, sacramentos, mandamentos/bem-aventuranças, pai-nosso);
c) as ciências humanas, de modo especial um pouco de pedagogia e psicologia;
d) o Catecismo da Igreja e os documentos catequéticos (Catequese Renovada, Catechesi Tradendae, DGC, DNC...);
e) a pluralidade cultural e religiosa: educação para o diálogo com o diferente;
f) os acontecimentos da história: descoberta dos sinais e dos desígnios de Deus;
g) a realidade local: história, festas e desafios do lugar em que se vive;
h) os fundamentos teológicos da ação pastoral: rosto misericordioso, profético, ministerial, comunitário, ecumênico, celebrativo e missionário.
O saber não é algo isolado, mas está em estreita conexão com o ser (pessoa) e o saber fazer (metodologia) do catequista.
Um/a catequista bem preparado/a será capaz de formar discípulos de Jesus comprometidos com a causa do Evangelho e do Reino: vida plena para todos. A formação é o espaço que temos para nos tornar “adultos na fé rumo à maturidade em Cristo”.
Pe. Videlson Teles de Meneses
Fonte: CNBB
Isso aí Manoel! Se todos pudessem entender a missão e o valor da catequese não teríamos tantas igrejas e seitas surgindo a cada dia.
ResponderExcluirFaçamos a nossa parte...
Paz de Cristo!
Com certeza Manoel, nós catequistas precisamos sempre estar em constante formação e reciclagem. Não sabemos tudo, por isso, precisamos aprender o máximo que podemos para realizar o nosso melhor no serviço a Deus.
ResponderExcluirO catequista completo é aquele que não está fechado somente no núcleo religioso, é o catequista que tem conhecimentos a cerca da realidade em que vive, é o catequista crítico... Como diz um Padre amigo meu, o catequista é aquele que anda com a Bíblia e o jornal em baixo do braço!
Um forte abraço,
Layse