quinta-feira, 7 de julho de 2011

FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS

Estivemos no último final de semana em mais uma etapa dos encontros de formação de catequistas, promovido pela nossa diocese. Desta vez os temas seriam:
 
  • O ser, o saber e o saber fazer do Catequista
  • A pedagogia de Jesus
O encontro começou as 8:00 horas e terminou as 12:00 horas. No início tivemos a palavra da Irmã Keila, responsável pela catequese e da Coordenadora paroquial Cremilda. O nosso padre José silva este nos visitando, mas teve que ir cumprir outros compromissos, deixando palavras de incentivo aos presentes.Logo após,começou a palestra com duas teólogas leigas, Lucélia e Liliane.
O encontro foi muito proveitoso, já que tivemos oportunidades de trocar experiências com catequistas de outras comunidades, e de receber novos ensinamentos que por certo vão melhorar nossa atuação, não só como catequistas, mas no nosso dia a dia.
Como a dinâmica do encontro é muito rápida, fica difícil anotar o que foi dito, mas baseado nos documentos que tratam da catequese tentei buscar nas minhas pesquisas alguma coisa que chegasse perto daquilo que nos foi passado.
PADRE JOSÉ SILVA

1 - O Saber do Catequista: preparar-se para servir

Diretório Nacional de Catequese (DNC) cita estas palavras do DGC quando fala da importância da formação inicial e permanente de catequistas, tendo em vista o exercício de sua missão (ver DNC, nº 252). 

A formação de catequistas é um instrumento valioso na preparação de pessoas para o ministério catequético, pois lhes dá segurança no anúncio do Evangelho. Além disso, o/a catequista cresce e se realiza como pessoa, assumindo sua missão com alegria e satisfação. 

É por isso que muitas/os catequistas estão participando das Escolas Bíblico-Catequéticas regionais, diocesanas e paroquiais. 

         O DGC insiste em três aspectos do conhecimento que são importantes no exercício do ministério catequético: 1. a mensagem a ser transmitida; 2. o interlocutor que recebe a mensagem; 3. o contexto social em que vivemos. 
  
A mensagem 

“A mensagem é mais que doutrina, pois ela não se limita a propor idéias. A mensagem é vida” (João Paulo II, citado no DNC 97). A mensagem catequética faz ecoar a mensagem de Jesus, que nos comunicou o mistério da Santíssima Trindade, Deus-Comunhão(ver DNC 100). O centro da mensagem catequética é anunciar que “a salvação é oferecida a todas as pessoas, como dom da graça e da misericórdia de Deus” (Paulo VI, Evangelii Nuntiandi 27a). 

O interlocutor 

Em vez de falar de “destinatário”, o DNC prefere usar “interlocutor”, já que o catequizando interage no processo catequético (ver DNC, cap. 6). Além de levar em consideração as diferentes etapas da vida humana (idosa, adulta, juvenil, adolescente, infantil), faz-se necessário não esquecer a catequese na diversidade, que inclui os grupos indígenas, afro-brasileiros, as pessoas com deficiência, os marginalizados e excluídos, as pessoas em situações canonicamente irregulares. Ainda devem ser tidos em conta os grupos diferenciados (profissionais liberais, artistas, universitários, migrantes...), os diversos ambientes (rural e urbano), o contexto sócio-religioso (pluralismo cultural e religioso, a religiosidade popular, o ecumenismo, o diálogo inter-religioso, os recentes movimentos religiosos), e o contexto sócio-cultural (inculturação, comunicação e linguagem) para que possamos alcançar a todos. 
  
O contexto social 

O parágrafo 86 do DNC cita a Constituição do Vaticano II, Gaudium et Spes 1: “as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”. Portanto, a vida humana e tudo aquilo que a envolve faz parte do anúncio catequético, que não pode ignorar o mundo em que vivemos. 

O que um/a catequista precisa conhecer? 

Levando em consideração a mensagem, o interlocutor e o contexto social, o DNC (nº 269) apresenta os conteúdos que um/a catequista precisa conhecer para desempenhar com qualidade e segurança seu ministério: 

a) a Palavra de Deus, fonte da catequese: “A Sagrada Escritura deverá ser a alma da formação”; 

b) o núcleo básico da nossa fé: as quatro colunas (credo, sacramentos, mandamentos/bem-aventuranças, pai-nosso); 

c) as ciências humanas, de modo especial um pouco de pedagogia e psicologia; 

d) o Catecismo da Igreja e os documentos catequéticos (Catequese Renovada, Catechesi Tradendae, DGC, DNC...); 

e) a pluralidade cultural e religiosa: educação para o diálogo com o diferente; 

f) os acontecimentos da história: descoberta dos sinais e dos desígnios de Deus; 

g) a realidade local: história, festas e desafios do lugar em que se vive; 

h) os fundamentos teológicos da ação pastoral: rosto misericordioso, profético, ministerial, comunitário, ecumênico, celebrativo e missionário.   

O saber não é algo isolado, mas está em estreita conexão com o ser (pessoa) e o saber fazer (metodologia) do catequista. 

Um/a catequista bem preparado/a será capaz de formar discípulos de Jesus comprometidos com a causa do Evangelho e do Reino: vida plena para todos. A formação é o espaço que temos para nos tornar “adultos na fé rumo à maturidade em Cristo”.

Pe. Videlson Teles de Meneses
Fonte: CNBB

2 comentários:

  1. Isso aí Manoel! Se todos pudessem entender a missão e o valor da catequese não teríamos tantas igrejas e seitas surgindo a cada dia.
    Façamos a nossa parte...
    Paz de Cristo!

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  2. Com certeza Manoel, nós catequistas precisamos sempre estar em constante formação e reciclagem. Não sabemos tudo, por isso, precisamos aprender o máximo que podemos para realizar o nosso melhor no serviço a Deus.
    O catequista completo é aquele que não está fechado somente no núcleo religioso, é o catequista que tem conhecimentos a cerca da realidade em que vive, é o catequista crítico... Como diz um Padre amigo meu, o catequista é aquele que anda com a Bíblia e o jornal em baixo do braço!

    Um forte abraço,
    Layse

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