sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Família: Igreja Doméstica na missão de cuidar da vida.

Mais uma etapa de formação foi realizada pela pastoral familiar com o tema acima. Este tema foi escolhido porque precisavamos dar aos nossos agentes um suporte para as novenas de natal em família e nada melhor do que alguém que tivesse conhecimento da causa como o nosso convidado para fazer a palestra, o Padre Gilvan, que já esteve aqui entre nós e nos deu muito apoio. Segue abaixo o que consegui captar de sua fala.

A família é responsável pela educação na fé, e esta educação é feita em casa, e por isso, a família e chamada de igreja doméstica.
Talvez absorvida por tantos problemas, as nossas famílias tem se afastado desta missão. Hoje o que vemos é um verdadeiro conflito entre a escola, a família e a sociedade.
Não conseguindo levar adiante esta educação na fé, e sem aos menos educar nossas crianças nos princípios básicos dos valores fundamentais, estas chegam às escolas totalmente despreparadas. E talvez seja por este fato que a escola tem deixado a desejar na sua tarefa de instruir para tentar dar uma educação básica que em casa elas não encontram. Só que estas interferências e mudanças de papeis deixam problemas que afetam toda a sociedade, e um destes é que nossos jovens estão na escola e muitos não conseguem nem aos menos ler direito.
E estes valores que não são aprendidos na família fazem com que na vida em sociedade haja um total desequilíbrio, podemos até mesmo dizer que a sociedade está corrompida pela falta de valores.
Hoje está muito difícil dizer o que é uma família; alguns dizem que a família é composta pelo pai, pela mãe e pelos filhos. Mas tem famílias que não tendo filhos naturais partem para a adoção, o que é muito louvável. No entanto já estamos falando de família em que dois homens ou duas mulheres vivem juntos e pleiteando (e conseguindo) status de família. E é por isso que temos que falar em uma PROPOSTA DIFERENTE DE FAMÍLIA.
Novos conceitos de família ou temos que considerar família aquela idealizada pelo nosso Deus e que nós a chamamos de IGREJA DOMÉSTICA?
E nossa igreja como fica no meio desta total transformação?
Evidentemente que temos que aceitar esta realidade que nos é apresentada e conviver com esta situação.
Só uma coisa não pode ser esquecida que é a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.
Enquanto isto nossas famílias estão sofrendo com tantos problemas. E o debate vai tomando proporções maiores. De um lado, temos aquele conceito de família tradicional, e do outro a realidade nos mostra uma nova forma de família, que poderíamos chamar de família moderna.
E para esquentar toda esta polêmica vamos ainda lembrar a parte jurídica que envolve esta problemática, pois são muitas vitórias adquiridas nos tribunais envolvendo relações homo afetivas, adoção de crianças por casais de homossexuais, etc
Neste emaranhado de situações nós que estamos na pastoral familiar temos que nos perguntar: qual é o nosso papel? Vamos apedrejar estas novas formas conceituadas de família, vamos aceitar ou propor um novo papel?
Vamos encarar primeiros os problemas, e para isso temos que ter um CORAÇÃO SOLIDÁRIO PARA ACEITAR.
1 -  Famílias divididas.
Hoje em dia, muitos não pensam mais em casar, formar uma família, e aqueles que estão partindo para o casamento fazem no intuito de que se não der certo podem se separar, então parte para um contrato.
A parte jurídica facilita a separação, o divórcio. E assim verificamos que as relações estão se tornando algo banal. E as conseqüências são visíveis, como por exemplo, a vivência de uma sexualidade animalesca, levada mais pelos instintos pela busca do prazer (as pessoas se tornando descartáveis).
2 – Realidade da toxicodependência.
3 – As pressões que o regime econômico e a cultura de consumo impõem.
Estes problemas afetam as famílias de maneira gigantesca. E na correria do dia a dia, na busca para manter a família, somos levados pela ideologia do ter, em detrimento do ser. A conseqüência é a desestruturação das famílias.
Além disse nossas leis estão favorecendo o desmembramento das famílias.
E diante desta abordagem dos problemas familiares temos que ter uma ESPERANÇA RENOVADA para propor alguns caminhos, sempre lembrando que a dignidade da pessoa está acima de tudo.
Em primeiro lugar temos que reafirmar e reavivar a realidade familiar como uma realidade de amor e comunhão. E como católicos buscar na convivência com as outras famílias forças para a batalha (para isso temos que ter e viver em comunidade).
Seria ideal que tivéssemos centro de acolhimento para as famílias, principalmente aquelas que passam por problemas mais graves, como os citados acima.
Conhecendo um pouco sobre a família e toda a sua problemática, temos que partir para falar sobre um bem maior que Deus nos deu que é a VIDA.
Na família temos que centralizar esta temática da vida, ensinando o verdadeiro valor da dignidade da vida humana, pois a vida precede tudo.
E neste debate é crucial que falemos e procuremos responder quando começa a vida, pois é a partir deste momento que vamos tirar conclusões importantes em relação ao aborto, por exemplo.
Sobre estes assuntos tire maiores conclusões neste link.
Resumidamente podemos citar 05 respostas para a pergunta.
Visão genética
Visão embriológica
Visão neurológica
Visão ecológica
Visão metabólica.
Estes conceitos refletem na nossa vida diária, e também nas religiões que buscam respostas para lidar com o aborto, com a fertilização em laboratório, a barriga de aluguel, etc.
Nossa Igreja adota uma posição relacionada com a visão genética, pois acha que desde a concepção (encontro do óvulo com o espermatozóide) já existe um novo ser, uma nova vida e sendo assim, não podemos ceifar este ser que já está formado.
Aqui é que se instala um debate que remonta a tempos antigos, ou seja, religião e ciência. Para a ciência tudo é possível, tudo é lícito, e que a religião e em especial a Igreja Católica é retrógada, atrasa o conhecimento. Na verdade, todos sabem a influência da igreja neste campo, pois o pai da genética era um monge e graças a nossa igreja é que temos um ensino de nível universitário.
Diante de tudo isso, temos que ver a vida sobre três aspectos: biológico, psíquico e espiritual.
A vida é um fenômeno, um encanto.  É um valor maior, que precede a todos os outros. Só podemos viver a vida com dignidade se pensarmos que nunca podemos vivê-la sem pensar no outro. A vida e a ética estão bem próximos um do outro. Temos que viver a ÉTICA DA PROXIMIDADE. E a vida tem que ser vivida como um DOM, e também pensando na ética e na PRÁTICA DA JUSTIÇA.
Se conseguirmos ter esta consciência, com certeza vamos viver nossa vida com dignidade, preservando a dignidade do nosso próximo





4 comentários:

  1. Uhu!!! Menino voce não é mole não, heim?! Espero que todos os presentea neste encontro tenham absorvido tanto e saibam passar adiante o conhecimento adquirido como você.
    Muito enriquecedora a sua postagem!

    Paz de Cristo!

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  2. Olá! Estamos de volta. Peço desculpas por este período ausente, fico feliz ao ver que seu blog continua com a mesma qualidade de sempre.
    Neste tempo de Advento e Natal deixemos que Maria nos conduza, aproveitemos o seu exemplo, contemplemos as suas atitudes, deixemo-nos educar e com Ela aprendamos a viver como verdadeiras famílias cristãs. Jesus tem que nascer de novo em cada um de nós, para que possamos viver em íntima união com Ele.
    Grande abraço na Paz e no Amor de Cristo,

    Reinaldo e equipe da Pascom

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  3. Oi amigo
    vc disse que acha que pode participar da promoção de Natal? pode não, DEVE!
    Seu blog tá lindo, cara!
    parabéns, não só para o layout, mas sabe que em conteúdo o seu blog é um dos meus favoritos, sou sua fã quase número 1 rs
    que Jesus o abençoe muito e que um dia possamos dar um abraço igual ao que demos eu e a Imaculada!
    Fique na paz...

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  4. A doutrina filosófica cristã prega que o lar é uma Igreja doméstica. É, mas o maligno tenta para que não seja. No templo de uma Igreja reza-se. Naquele fofoca-se. O maligno astuto por vezes transveste a fofoca em assuntos estéreis e alienantes. Mas eu penso que nós não estamos à deriva embarcados neste magnífico planeta, sincronizado numa fantástica montagem de engenharia cósmica, que nos conduz vazio de um negro espaço sideral afora, a uma velocidade aproximada e combinada de 600 km/s. A grandeza e a magnificência de tudo que nos circunda parecem apagar nossas miseráveis pobrezas. Viver o Reino de Deus aqui na terra só é possível na humildade da carne e na fé. Eu não descobri, me foi descoberto isto ontem. Eu diria no meu mau inglês there´s no way, não tem jeito, ou Deus entra no circuito ou o demônio deita e rola. E como fazer para Deus entrar no circuito? Aí entram um mistério e uma dinâmica que nos escapam à compreensão. O humano por si não faz Deus entrar no circuito. Ele entra atendendo pedidos. Graças a Deus pelos monges e pelas monjas...:)

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