domingo, 26 de fevereiro de 2012

FERNÃO CAPELO GAIVOTA



Numa praia, havia uma porção de gaivotas em busca de seu alimento enquanto apenas uma, sozinha, tentava voar de maneira diferente das outras, de uma forma muito especial mas não conseguia, caia. Só que nunca desistia! Tentava voar cada vez melhor!
Quando finalmente conseguiu, descobriu o quanto se amava e o real sentido de viver!
Descobriu que podia aprender a voar, ser livre!
Agora o importante não era receber elogios por sua vitória, queria apenas partilhar com seus amigos o que havia descoberto. Mas eles só lembravam de comer os restos deixados pelos pescadores, migalhas de pão e peixes velhos - pela metade.
Assim não deram importância ao amigo Fernão Capelo Gaivota, que por sua insistência em fazê-los o ouvir acabou por ser excluído do grupo, tendo que viver sozinho em um lugar muito distante.
Mas nem isso fazia Fernão ser triste. O que o entristecia era ver que seus amigos não queriam aprender a voar, aprender a ser feliz, aprender a pegar peixes frescos em cada mergulho magnífico que podiam dar.
Descobriu que o medo e o tédio são as razões porque a vida de uma gaivota é tão curta, e sem isso a perturbar-lhe viveu de fato uma vida longa e feliz.
Quando foi para uma terra longínqua conheceu Henrique que lhe ensinou muitas coisas! Porém seu mestre Henrique foi embora, coube então a Fernão Capelo Gaivota a missão de ensinar as novas gaivotas como voar.
Foi no momento em que estas gaivotas pequenas ficaram um pouco maiores, que ele percebeu que já haviam aprendido o necessário e que podiam continuar sozinhas. Então, mesmo ainda sem permissão resolveu voltar para a sua terra, tentando finalmente mostrar a felicidade de voar a seus antigos amigos.
Queria poder ensinar que o paraíso não é em um lugar nem em um tempo determinado, que o paraíso é perfeito, que está ao alcance de todos. É que basta querer que todos podem ir a qualquer lugar a qualquer momento.
Realizando os vôos que aprendera, voltou próximo a sua terra. Contudo o mais velho do grupo impediu que os demais falassem ou mesmo olhassem para Fernão. Todavia ao perceberam os seus movimentos e lembrando da antiga amizade, foram se aproximando desejando aprender a voar também.
- Pode me ensinar a voar como você? - Perguntou um deles.
- Claro. - Disse Fernão.
E começou a ensinar que o corpo é o nosso pensamento numa forma que podemos visualizar. Então para voar, basta querer! Ensinou tudo o que tinha aprendido com seu mestre amigo Henrique e mais o que aprendera sozinho ensinando as gaivotas mais novas.
- Deu certo! - Gritou uma gaivota ao conseguir voar livremente.
- Dá sempre certo quando sabemos o que estamos fazendo. - Respondeu Fernão.
Assim foram passando os dias e ensinando a mais e mais gaivotas. Todas aprendiam! Umas mais devagar, outras mais rápidas, mas todas quando queriam aprendiam.
Quando novamente Fernão Capelo Gaivota percebeu que estava na hora de crescerem sozinhas, partiu para outra terra longínqua a fim de divulgar ainda mais seus movimentos. E assim foi ensinando a quem quisesse ser feliz. Seus discípulos mais tarde fizeram o mesmo, ensinando outras novas gaivotas.

Considerações: Sem duvida, um clássico da literatura que todos nós devemos conhecer. E lembrei-me deste livro hoje lendo uma mensagem na apostila de catequese encontrada no site do Santuário São Francisco de Assis de Penapólis, e voltei ao meu tempo de adolescente quando tive que ler por determinação da professora de Português.  
E alguns livros ficam para sempre na nossa memória, tais como os de José Lins do Rego (Menino do Engenho, Fogo Morto), Érico Veríssimo (O Tempo e o Vento, Clarissa, Incidente em Antares, etc), Graciliano Ramos (São Bernardo), Jorge Amado (Capitães de Areia), Josué Montello (Os Degraus do Paraíso, Os Tambores de São Luís, etc), e tantos outros autores brasileiros. 
O texto acima é de um escritório americano, porém, apesar de achá-lo muito bonito, prefiro os nossos autores. Sei que no momento, por vários motivos não tenho me dedicado a leitura com afinco, mas sempre que posso busco estar em contato com os livros, até como forma de valorizar a leitura, pra servir de exemplo para minhas filhas.  
Gosto muito de livros, sempre digo que são os melhores presentes que eu posso ganhar. Além de ser uma terapia, nos leva para um novo mundo, onde podemos aprender coisas novas; é realmente uma verdadeira viagem, nos proprocionando conhecimento e diversão.

Um comentário:

  1. Olá, vim agradecer pela mensagem de aniversário. Muito obrigada!
    Estava lendo o post acima e tirei várias conclusões para nossa catequese, dentre elas, que não adianta eu ler a Palavra de Deus, entender, e guardá-la só para mim. Eu tenho que transmiti-la aos outros. Muito boa esta mensagem.
    Boa semana Manoel, fique com Deus.

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